EDUARDO CUCOLO
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O Banco Central voltará a intervir no câmbio nesta sexta-feira (1º), depois de ficar mais de 40 dias fora do mercado. A instituição anunciou que fará um leilão de “swap” cambial reverso às 9h30, no valor de US$ 500 milhões (10.000 contratos).
Esse instrumento equivale à compra de moeda no mercado futuro, ou seja, contribui para elevar a demanda pelo dólar e, consequentemente, a conter sua queda.
Desde 18 de maio a instituição não intervém no câmbio. Na época, a taxa estava em R$ 3,53. Nesta sexta, fechou em R$ 3,2098 pela taxa média apurada pelo BC (Ptax).
Na terça-feira (28), o novo presidente do BC, Ilan Goldfajn, reafirmou que o câmbio é flutuante e que autoridade monetária poderia utilizar todas as ferramentas cambiais de que dispõe, sempre com parcimônia.
Afirmou ainda que o plano do BC era encontrar uma janela de oportunidade para reduzir o estoque de swap cambial em ritmo compatível com o funcionamento do mercado, “quando e se for possível”.
O estoque de swaps está hoje em US$ 62,1 bilhões. Na prática, é como se o BC tivesse injetado moeda estrangeira no mercado nesse valor. Quando o BC negocia o swap reverso, está na prática recomprando esses dólares e o estoque nas mãos do mercado é reduzido.