Estados Unidos — O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Ash Carter, anunciou ontem o fim da proibição de transexuais nas Forças Armadas. A medida já havia sido antecipada pela imprensa local na semana passada, mas foi confirmada oficialmente nesta quinta-feira. Nosso dever é defender o país. Não podemos impedir o recrutamento de pessoas que podem realizar tal missão, afirmou. Uma comissão trabalhou durante um ano para resolver todos os potenciais problemas que poderiam surgir com a mudança. As Forças Armadas terão até 45 dias para se adaptar, embora reservadamente alguns militares achem que o prazo é muito curto. Homossexuais declarados já eram permitidos no Exército desde 2011, quando uma decisão revogou a política do chamado não pergunte, não responda, mas os transexuais continuaram sujeitos à dispensa. No país, existem soldados que trocaram de sexo, mas eles não podiam comentar o assunto abertamente e nem tinham direito a serviços médicos relativos à sua condição. O veto a transexuais se baseava na ideia de que esse grupo sofre de transtornos psicológicos. O caso mais famoso de troca de sexo nas Forças Armadas é o do soldado Bradley Manning, que, em 2014, mudou seu nome para Chelsea Manning.

Terroristas
Turquia — Os três homens que detonaram coletes com explosivos no aeroporto Atatürk, na última terça-feira, eram de nacionalidades russa, usbeque e quirguistanesa, afirmou ontem a agência de notícias turca, Anadolu. Apesar de ter divulgado a nacionalidade dos terroristas, que mataram 43 pessoas e deixaram outras 238 feridas, ainda não se sabe quem está por trás do ataque. A principal suspeita recai sobre o grupo extremista Estado Islâmico. No ano passado, o Serviço Secreto da Rússia estimou que mais de 5 mil cidadãos da Rússia e da Ásia Central viajaram à Síria e ao Iraque para lutar ao lado do EI.

Fora do páreo
Reino Unido — A corrida pela liderança do Partido Conservador britânico teve um desdobramento inesperado ontem. Ao contrário da ampla expectativa dentro e fora do partido, Boris Johnson, ex-prefeito de Londres e uma das principais lideranças da campanha pelo Brexit, anunciou que não disputará o lugar de David Cameron como primeiro-ministro. A decisão abre caminho para que a atual ministra do interior, Theresa May, desponte como principal favorita. A poucos minutos do prazo final para a inscrição no comitê do Partido Conservador, Johnson anunciou que não concorrerá.

Alerta falso
Estados Unidos — O alerta sobre um possível atirador infiltrado na base aérea de Andrews, localizada a cerca de 30 quilômetros de Washington, era falsa e foi causada por um exercício de segurança. Mais cedo, o perfil da base aérea no Twitter postou uma mensagem instruindo funcionários a buscarem abrigo até que o incidente fosse solucionado. A base de Andrews abriga as aeronaves utilizadas pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. A confusão com o que era, na verdade, um exercício para treinar o pessoal da base a como agir em casos como esse levou a mais de uma hora de insegurança.

Xenofobia
Estados Unidos— O presidente norte-americano Barack Obama voltou a fazer críticas ao millionário Donald Trump, provável candidato Republicano nas eleições presidenciais dos Estados Unidos. Os atores políticos, usando o populismo e a demagogia, escolhem o caminho mais fácil para resolver os desafios do mundo de hoje, disse ele ao se referir ao discurso populista de Donald Trump e a proposta do pré-candidato de deportar imigrantes mexicanos. O presidente norte-americano disse que o discurso de Trump antimigração alimenta a xenofobia e não se sustenta. As coisas não são assim tão simples.