GUILHERME PALENZUELA
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Paulo Henrique Ganso teve constatado um estiramento no músculo posterior da coxa direita e é desfalque confirmado para o primeiro jogo do São Paulo na semifinal da Copa Libertadores, contra o Atlético Nacional, na próxima quarta-feira (6), no Morumbi -ausência provável, também, no jogo de volta, na Colômbia, no dia 13. Sem o camisa 10 e outros desfalques, o técnico Edgardo Bauza tem alternativas limitadas agora para escalar o time.
Além de Ganso, Bauza já sabe que não poderá contar com Kelvin, titular da ponta direita que tem lesão semelhante. Patón ainda aguarda as plenas recuperações do lateral esquerdo Eugênio Mena e do volante Hudson, que até agora são dúvidas para o jogo porque vêm de lesões. Restam, então, sete jogadores confirmados na equipe titular para a partida: o goleiro Denis, o lateral direito Bruno, os zagueiros Maicon e Rodrigo Caio, o volante Thiago Mendes, o meia Michel Bastos e o atacante Jonathan Calleri.
O oitavo jogador a ser confirmado neste time da próxima quarta-feira, pelo que espera a comissão técnica, é Carlinhos. A dúvida por enquanto é qual posição ele ocupará na equipe. Se Mena não se recuperar da lesão na coxa direita, Carlinhos deverá ser o lateral esquerdo. Se o chileno puder jogar, no entanto, Carlinhos deverá ocupar a vaga de Kelvin na ponta direita -o argentino Centurión ainda cumpre suspensão por uma cusparada.
Desde que o jovem Lucas Fernandes sofreu grave lesão no joelho, a alternativa mais comum de Bauza para escalar o São Paulo sem Ganso recentemente é usar um segundo atacante no espaço ocupado pelo camisa 10, mas obviamente em função diferente: Ytalo vem sendo usado dessa maneira.
Além de Ytalo, Alan Kardec é outro que poderia cumprir a mesma função. Ele substituiu o mesmo Paulo Henrique Ganso dessa forma sob o comando de Muricy Ramalho, no Santos. O peruano Christian Cueva, que estreou contra o Fluminense, não pode enfrentar o Atlético Nacional porque já disputou a Copa Libertadores pelo Toluca, do México, eliminado nas oitavas de final pelo próprio São Paulo.
Tal alternativa faz com que o São Paulo perca um jogador de organização e criação de jogo, além de fragilizar a composição defensiva, mas dá ao time mais um elemento especialista na finalização e que poderá exercer maior pressão sobre a defesa adversária.
A outra alternativa, mantendo-se o 4-2-3-1, seria escalar um outro meia armador entre os dois pontas. Para isso, a alternativa de Bauza é o meia de ofício Daniel. Outra opção seria escalar Wesley ou João Schmidt, volantes, em função mais adiantada no campo ambos já exerceram tal papel, mas então mais familiarizados em tarefas mais defensivas.
A alternativa sem um Ganso e com três volantes foi utilizada por Edgardo Bauza nos jogos contra o The Strongest, na Bolívia, e contra o Toluca, no México. Apesar de ser uma estratégia adotada para momentos em que precisou ser mais defensivo, pode virar alternativa na falta do camisa 10 e de outras opções. Nas ocasiões, quem ficou com o posto de Ganso foi Wesley, pelo centro do campo.
Nessa abordagem, o que já aconteceu e poderia acontecer novamente é ver Hudson como primeiro volante, imediatamente à frente da linha de defesa e atrás de dois volantes: Thiago Mendes e mais um, em vaga que seria disputada por Wesley e João Schmidt.
O esquema com três jogadores de vocação defensiva no meio de campo dá mais liberdade aos pontas, que terão de se preocupar menos com os espaços deixados na recomposição, pois estarão cobertos por um jogador a mais. Além disso, dessa forma os laterais ganham maior liberdade para subir ao ataque uma vez que terão mais um volante para ocupar o espaço deixado atrás em cada investida ofensiva.
Uma das opções sem Mena será escalar Carlinhos como lateral esquerdo, em sua função de ofício. Isso abriria mais uma vaga no meio de campo, a ser disputada por diferentes possibilidades. Wesley poderá entrar tanto como meia direita quanto como terceiro meio-campista, pelo centro neste cenário, Ytalo, por exemplo, poderia atuar tanto como segundo atacante como ponta direita.
Caso, neste cenário, Ytalo ou Alan Kardec seja escalado como segundo atacante, a meia direita também poderia ser disputada entre Luiz Araújo, Daniel e Caramelo, além de Wesley.
Outra opção para a ausência de Mena seria a escalação de Matheus Reis, e não Carlinhos, na lateral. Assim, Carlinhos estaria liberado para ser utilizado no meio de campo, em uma das pontas. Tal esquema tático pode se concretizar com Ytalo como segundo atacante, como em outros casos, ou com um terceiro volante exercendo o papel de meia ou até mais atrasado, como Wesley.