CATIA SEABRA E GILBERTO BERGAMIN JR.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O PT de São Paulo divulgou nesta sexta-feira (22) as diretrizes do programa do prefeito, Fernando Haddad, para a disputa municipal. Na análise de conjuntura, o documento afirma que “a cidade fará uma escolha entre a soberania do povo e o retorno do coronelismo urbano”.
Ainda segundo o documento, elaborado pelo coordenador de programa da campanha petista, o deputado federal Vicente Cândido, os paulistanos decidirão “entre a legalidade constitucional e o golpe, entre a inclusão das maiorias e o retrocesso liderado pelas oligarquias”.
“O Partido dos Trabalhadores e seus aliados devem se preparar para o confronto entre projetos antagônicos de civilização”, diz.
O programa de Haddad apresenta ainda propostas de concessão à iniciativa privada para revitalização de marcos da cidade, como o estádio do Pacaembu (zona oeste) e o autódromo de Interlagos, ambos com potencial turístico.
Promete também levar adiante a Parceria Público Privada (PPP) do Anhembi, que prevê uma reforma para modernizar o espaço, transformando-o numa arena para shows e eventos.
Na mesma linha, pretende dar andamento a outras ideias colocadas em discussão durante a gestão atual, como a transferência do Ceagesp para Perus, anunciada na semana retrasada.
Na área de mobilidade, Haddad aponta entre seus feitos a regulamentação do aplicativo Uber -que conecta motoristas particulares a passageiros. Para isso, Haddad comprou uma briga com os taxistas da cidade, considerados potenciais eleitores.
Haddad, que não conseguiu entregar os 150 corredores exclusivos de ônibus prometidos em 2012, aposta agora no conceito de “Cidade Inteligente”, propondo inovações tecnológicas na cidade.
O documento prevê ampliação da rede de ciclovias e as faixas exclusivas de ônibus à direita.
Na área de Educação e Cultura, embora tenha encontrado dificuldades para reduzir a fila da creches, promete atingir metas de ampliação de matrículas e aumento o orçamento da Secretaria de Cultura.
Na área de Saúde, o candidato do PT fala em fortalecer as unidades básicas de Saúde (UBSs). Tentará, assim, alcançar a meta de entregar 43 novas unidades até 2016 -só dez foram entregues.