O Tribunal do Júri de Curitiba condenou o empresário Vanderson Benedito Correa a 25 anos de prisão em regime inicial fechado pela prática do crime de homicídio contra a advogada Kátia Regina Leite, ocorrido em 2010. A decisão foi anunciada pouco antes da 1h da madrugada deste sábado (23), depois de 32 horas de julgamento.

O conselho de sentença chegou à conclusão de que o réu concorreu para o crime e reconheceu a agravante de que o acusado impossibilitou a defesa da vítima e a qualificadora de motivação torpe. A denúncia foi julgada procedente e o juízo condenou o réu pela prática do crime previsto no artigo 121 § 2º incisos I e IV do Código Penal. Não houve atenuantes.

Kátia Regina Leite morreu no exercício da profissão, pois era defensora da ex-esposa do empresário num processo de separação judicial. A OAB Paraná atuou desde o primeiro momento, designando representantes para acompanhar as investigações e todas as fases do processo penal. O assistente de acusação designado pela OAB, Dálio Zippin Filho, considerou que a pena foi justa. Esse era o resultado esperado e os votos dos jurados foram todos de acordo com o que foi pedido pelo Ministério Público e pela acusação. Foi feita a justiça, afirmou.

A advogada, então com 44 anos, foi morta com cinco tiros na manhã de 24 de fevereiro de 2010, ao sair de sua casa, no bairro Boa Vista, em Curitiba. Advogada havia mais de 20 anos, Kátia comandou por uma década o setor jurídico do Conselho da Condição Feminina e era conhecida por sua veemência na defesa dos direitos da mulher. Na época do crime, seus filhos Juliana, Carlos Eduardo e Mariana tinham respectivamente 17, 19 e 20 anos.

O outro réu do processo, o ex-policial militar Flávio Vasques Oliveto, acusado de ter disparado a arma, está preso na Casa de Custódia de São José dos Pinhais desde 2015 e também será julgado pelo crime.

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