LUISA BUSTAMANTE RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta segunda-feira (25) que, apesar de ser uma prioridade, a reforma da Previdência não pode ser feita às pressas. “Tenho usado sempre a seguinte frase: vamos devagar porque estou com pressa. Temos pressa, mas temos que fazer a coisa certa”, disse Meirelles, que participou nesta manhã de um seminário sobre ajuste fiscal na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio (Firjan). Sem mencionar prazos, o ministro disse que a reforma da Previdência está “em ritmo avançado de estudos e negociações”.

Meirelles voltou a destacar a importância da aprovação da emenda constitucional que estabelece um teto para os gastos públicos. “Estamos recebendo do Congresso mensagens muito positivas nesse sentido. Nossa expectativa é que seja aprovada o mais rápido possível”, disse o ministro.

O ministro considerou a limitação dos gastos públicos pelos próximos anos como um mecanismo fundamental para a restauração da confiança na economia brasileira. “Isso é o que fará com que a retomada venha. O que resultará deste limitador (dos gastos) é um crescimento mais rápido da economia, renda e emprego, que é o que espera o eleitor neste momento”, avaliou.

Meirelles também argumentou que o ajuste fiscal é também uma responsabilidade dos Estados e municípios. Ele mencionou que os Estados precisam se comprometer com a aplicação de um teto de gastos para os próximos 20 anos e devem suspender aumentos a funcionários públicos pelos próximos dois anos.