GUSTAVO URIBE
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O Ministério da Cultura informou que, com a desocupação nesta segunda-feira (25) do Palácio Gustavo Capanema, o prédio histórico ficará esvaziado por até 90 dias para obras de restauração.
Em nota, a pasta informou que os órgãos federais que funcionam na estrutura serão “transferidos temporariamente para outros endereços no Rio de Janeiro” e que eventuais depredações no prédio público estão sendo avaliadas por uma perícia policial.
Nesta segunda-feira (25), a Polícia Federal invadiu o Palácio Gustavo Capanema para encerrar a ocupação iniciada há dois meses por manifestantes contrários ao impeachment da presidente Dilma Rousseff.
“A obra de restauro completo do prédio deverá estar concluída em 24 meses e contempla, além da fachada, também o interior do edifício, com instalação de sistema de ar-condicionado. Atendendo a uma demanda dos servidores e buscando maior celeridade e eficiência das obras, o edifício será inteiramente esvaziado no prazo máximo de 90 dias. Os órgãos que lá funcionam serão transferidos temporariamente para outros endereços no Rio de Janeiro”, disse.
Na nota, a pasta ressalta ainda que os integrantes da ocupação “em nenhum momento se mostraram abertos ao diálogo” e que a iniciativa ” vinha causando grave prejuízo aos cofres públicos”. “Ela provocou atrasos no cronograma das obras de restauração, ao mesmo tempo em que colocava em risco preciosidades artísticas de valor inestimável”, disse.
O MinC ressaltou ainda que em vez de “levar a cabo uma pauta reivindicatória”, o movimento de ocupação dedicou-se ao ” planejamento e execução de atos violentos, covardes e intimidatórios”. “Esses atos e seus responsáveis estão sob a devida investigação das autoridades policiais”, disse.
LEIA A ÍNTEGRA DA NOTA:
“A Polícia Federal cumpriu hoje [segunda] com sucesso a decisão judicial de reintegração de posse do Palácio Gustavo Capanema, sede do Ministério da Cultura e de escritórios de cinco entidades vinculadas no Rio, que se encontrava invadido há cerca de 70 dias. Apesar das tentativas de negociação por parte do Iphan, os invasores em nenhum momento se mostraram abertos ao diálogo. A invasão do espaço vinha causando grave prejuízo aos cofres públicos, na medida em que provocou atrasos no cronograma das obras de restauração do Palácio, ao mesmo tempo em que colocava em risco preciosidades artísticas de valor inestimável.
Por conta do restauro completo dos sistemas das esquadrias de estrutura metálica de aço carbono, da substituição das pastilhas conforme o projeto original e da recuperação do sistema dos brises-soleils, fez-se necessário ampliar o canteiro de obras, que foi devidamente demarcado com tapumes, que permanecerão até o fim dos trabalhos. Contemplada pelo programa PAC Cidades Históricas, a obra de restauro completo do prédio deverá estar concluída em 24 meses e contempla, além da fachada, também o interior do edifício, com instalação de sistema de ar condicionado. Atendendo a uma demanda dos servidores e buscando maior celeridade e eficiência das obras, o edifício será inteiramente esvaziado no prazo máximo de 90 dias. Os órgãos que lá funcionam serão transferidos temporariamente para outros endereços no Rio.
Nas últimas semanas, multiplicaram-se os relatos de práticas de delitos, como intimidação a servidores, depredação do patrimônio histórico, circulação de menores e uso de drogas. Longe de levar a cabo uma pauta reivindicatória, os invasores, que agora alegam pacifismo, passaram a dedicar-se ao planejamento e execução de atos violentos, covardes e intimidatórios, do que é prova, inclusive, o conteúdo publicado pelo movimento em suas redes sociais. Esses atos e seus responsáveis estão sob a devida investigação das autoridades policiais.”