A convenção nacional dos democratas começou ontem na Filadélfia com protestos nas ruas de eleitores do próprio partido após o vazamento de e-mails em que alguns dirigentes orquestraram ações para minar a candidatura do senador Bernie Sanders. O encontro, que deve nomear a ex-secretária de Estado dos EUA Hillary Clinton como candidata oficial do partido para a Casa Branca, teria ainda a presença da primeira dama do país, Michelle Obama.
O vazamento dos e-mails no final de semana mostrando manobras da cúpula do partido para minar a candidatura de Sanders faria a reunião começar com uma série de discórdias, afirmava o The New York Times em sua manchete de ontem. O WikiLeaks divulgou quase 20 mil mensagens no final de semana e levou à renúncia ontem da presidente do Comitê Nacional Democrático, Debbie Wasserman Schultz. No tumulto deste fim de semana, as revelações (dos e-mails) foram altas, mas o silêncio de muitos membros do partido foi ensurdecedor, afirma o analista político do Brookings Institution, John Hudak, em um relatório.
Os protestos de eleitores de Sanders começaram ontem na Filadélfia e seguiam ontem. Embora algumas manifestações já tenham sido programadas há várias semanas, o vazamento dos e-mails agravou o descontentamento com a candidatura de Hillary entre os manifestantes e aumentou o total de participantes.
A convenção termina na quinta-feira e deve reunir 50 mil pessoas nos quatro dias. O encontro terá até lá a participação de dois ex-presidentes dos EUA: Bill Clinton, o marido de Hillary, hoje, e Barack Obama, amanhã. No final do evento, a ex-secretária de Estado fará o discurso de encerramento, aceitando sua nomeação.