SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Dois homens bomba detonaram carros cheios de explosivos nesta terça (26) do lado de fora da sede do Serviço de Ação Antiminas da ONU (Organização das Nações Unidas) e em um checkpoint do Exército somali em Mogadíscio, matando 13 pessoas, incluindo sete guardas da ONU.
As duas explosões aconteceram próximas à base da UA (União Africana), segundo informou o chefe de polícia da Somália, general Mohamed Sheikh Hassan, em uma coletiva de imprensa.
O Al-Shabab, grupo de rebeldes extremistas islâmicos somalis, reivindicou a autoria do ataque, de acordo com a rádio Andalus, vinculada à organização.
Ao contrário de ataques anteriores da Al-Shabab, ligada à Al Qaeda, atiradores não acompanharam os homens bomba, afirmou o chefe de polícia.
O primeiro carro tentou ultrapassar a barreira na sede do serviço do ONU, mas guardas atiraram no carro. A segunda explosão mirou um checkpoint controlado por forças de segurança somalis próximo à base da UA em Mogadíscio, disse o general.
O Al-Shabab coordena uma insurgência contra o fraco governo somali, apoiado pela ONU, e tenta estabelecer um emirado islâmico na Somália, regido por uma visão severa do Islã.
Neste mês, oito soldados foram mortos quando um carro-bomba do grupo explodiu em um campo de treinamento militar da Somália. Os terroristas entraram no local a pé, após abrir caminho com o veículo.
Em junho, o grupo atacou um hotel na capital somali, deixando ao menos 15 mortos.
Mais de 22.000 soldados e policiais servem às forças da UA, que também inclui tropas do Burundi, Djibouti, Quênia, Serra Leoa e Etiópia.
O Al-Shabab se opõe à presença de tropas estrangeiras na Somália e lançou ataques contra países que contribuíram com as forças conjuntas.
Embora o grupo tenha sido expulso da capital da Somália, Mogadíscio, em 2011, ele continua travar uma campanha de guerrilha que inclui o uso de bombardeios por suicidas.