SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O BTG Pactual, banco que foi controlado por André Esteves, um dos presos da Operação Lava Jato, anunciou nesta terça-feira (26) que o ex-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) e ex-ministro da Justiça e da Defesa Nelson Jobim virou sócio da instituição. Jobim também passou a ser membro do conselho de administração do banco, responsável por verificar o cumprimento de leis e regulamentos.
Desde a prisão de Esteves, o BTG, que estava entre os maiores do país, sofreu saques de investidores. Para conter a crise, foram vendidos ativos e parte da carteira de crédito. Esteves já foi solto e voltou a trabalhar no banco.
Após ser citado em gravação de conversa entre o ex-senador Delcídio do Amaral e o filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, o banqueiro foi preso sob acusação de envolvimento em trama para evitar delação de Cerveró.
No áudio, Delcídio diz que Esteves teria aceitado pagar R$ 1,5 milhão ao advogado que defendia Cerveró, Edson Ribeiro, desde que o BTG não fosse envolvido na Lava Jato.
Esteves negou as acusações e, em dezembro, deixou a prisão por “recolhimento domiciliar”. Foi alvo de denúncia ao STF acusado de impedir a investigação de infrações penais. A acusação foi reiterada pela República no Distrito Federal depois que o caso foi enviado à Justiça de Brasília.
Esteves voltou a trabalhar no banco por decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki, que também revogou a “reclusão domiciliar” do banqueiro.