O governador Beto Richa (PSDB) rebateu a tentativa da oposição de tentar vinculá-lo à prisão do empresário Luiz Abi, detido na semana passada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual (MP) sob a acusação de envolvimento em fraude de licitação para contratação de uma empresa que faz a manutenção de veículos do governo na região de Londrina. Richa lembrou que Abi é seu primo em sétimo grau, o que pelo Código Civil nem é classificado como parentesco. E que mantém apenas relações sociais com o primo distante. Não posso ser punido pelos erros que outras pessoas cometem, afirmou o governador.

Mãe
Richa também aproveitou a passagem do presidente da Câmara Federal, deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ), por Curitiba, para defender a reforma política e a aprovação de um novo pacto federativo. É vital termos o andamento da reforma política que para mim é a mãe de todas as reformas. Temos esperança de que agora a expectativa dos brasileiros será levada em consideração e teremos estas propostas aprovadas, elas são fundamentais para organizar o País, afirmou o tucano, que defendeu o fim da reeleição e a implantação do voto distrital.

CPI da Receita
As novas prisões de empresários, policiais e auditores fiscais pelo Gaeco, na última sexta-feira, devem ser exploradas pelo bloco oposicionista na Assembleia, nesta semana. Os parlamentares tentam recolher 18 assinaturas para instalar uma CPI para apurar o suposto esquema de cobrança de propina na Receita Estadual de empresas endividadas com o Fisco. A alegação é de que há suspeita de que o esquema teria participação de políticos. Para barrar a investigação, a base governista já estaria preparando a apresentação de cinco pedidos de instalação de CPIs diversas – já que pelo regimento interno do Legislativo – só cinco comissões dessa natureza podem funcionar simultaneamente. Entre os temas estão roubos a caixas eletrônicos; violência contra a mulher; taxas de corretagem e maus-tratos contra animais.

Lei da Água
A Frente Parlamentar Ambiental da Assembleia promove amanhã, as 9 horas, no seu Plenarinho, com entrada franca, a pré-estreia do documentário A Lei da Água, que explica a relação entre o novo Código Florestal e a crise hídrica brasileira. O documentário é produzido pelo cineasta Fernando Meirelles e tem direção de André D’Elia. Segundo o deputado Rasca Rodrigues (PV), coordenador da Frente, além da exibição do filme (de 78 minutos), vários especialistas realizarão um debate de contextualização dos cenários da água no Paraná.

Déficit
O Tribunal de Contas expediu recomendação ao governo do Estado para que promova a reposição de servidores da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). A medida foi tomada em processo que julgou irregularidades no pagamento de horas extras na instituição em 2012. A Sétima Inspetoria de Controle Externo (ICE) do TCE-PR – então responsável pela fiscalização das universidades estaduais – apontou que, naquele ano, a Unioeste destinou R$ 3,833 milhões ao pagamento de 233,9 mil horas extras aos seus servidores. Em muitos casos, o número de horas extraordinárias ultrapassou a jornada de trabalho mensal, quando o máximo permitido por lei é 33,3%.

Corregedoria
Depois de quase dois meses do início da Legislatura, a Assembleia Legislativa finalmente instalou a Corregedoria e nomeou o corregedor da Casa: o deputado Ricardo Arruda (PSC). Ele terá a função de investigar denúncias contra parlamentares. Sua primeira tarefa poderá ser investigar as novas denúncias que pesam contra o presidente da Comissão de Constituição e Justiça, deputado Nelson Justus (DEM), denunciado na Justiça pelo Ministério Público sob a acusação de desviar salários de funcionários fantasmas quando presidia o Legislativo.