Os usuários de dispositivos móveis devem ficar atentos: o WhatsApp Gold está de volta. Um dos malwares mais famosos do mercado está novamente atacando aparelhos pelo mundo, aproveitando o momento em que o WhatsApp verdadeiro anuncia algumas novas configurações – como a mudança de fonte dos textos. Por conta disso, a reportagem selecionou algumas dicas para tentar proteger o celulares e computadores dos vírus que podem infectar as máquinas pelo aplicativo.

Além do Gold, aplicativos como StealthGenie, mSpy e Mobi Stealth ficaram conhecidos justamente por permitirem bisbilhotar o mensageiro. Esses apps clonam não só textos, fotos e vídeos do WhatsApp, mas também dados enviados e recebidos por outros serviços, como Facebook, Viber, Skype e Gtalk.

Uma das formas de proteger o mensageiro é instalar um aplicativo que use a câmera frontal para tirar foto de alguém que digite uma senha incorreta no smartphone. A maioria das vezes, os invasores precisam instalar apps suspeitos no smartphone do próprio usuário antes de começar o monitoramento.

O GotYa! desempenha essa tarefa, mas é disponível apenas para Andoid. Proprietários de iPhone têm como opção o iGotYa e o iLostFinder, que operam da mesma forma, mas não são aprovado pela Apple e necessitam de jailbreak – se você possui um dispositivo iOS 7, veja como fazer o jailbreak.

No entanto, esse procedimento considera que o aparelho esteja protegido por senha, que é outro ponto essencial para mantê-lo seguro, segundo especialistas em segurança.

Para que a senha escolhida seja eficaz, a orientação é para que a escolha recaia sobre códigos de difícil adivinhação. Isso implica na senha não ter relação com sua vida pessoa. Devem ser evitadas datas de aniversários, nomes de parentes, amigos, números de residência, idade ou qualquer outro aspecto facilmente relacionável com o proprietário do celular.

Dicas para ficar protegido
– Instale e mantenha atualizado um antivírus no celular.
– Não abra arquivos de desconhecidos, principalmente fotos.
– Cuidado redobrado com os grupos.
– Evite Redes públicas de Wi-Fi.


Perfil também abre brecha

É preciso também estar atento quanto às informações do perfil no WhatsApp. Qualquer pessoa que tenha telefone pode identificá-lo através da foto ou mensagem de saudação, e usar esses dados para criar perfis falsos com o intuito de espionar.

Um outro critério que deve estar em mente é que o mensageiro guarda uma cópia das mensagens no SIM por sete dias. Por isso, quando for emprestar o chip para terceiros, é bom apagar o conteúdo para impedir que ele seja restaurado em outro celular. Além disso, é importante ter em mente que o próprio ato de emprestar o smartphone a alguém requer cuidado redobrado, pois qualquer descuido pode ser suficiente para que a pessoa instale vírus e programas stalkers no dispositivo.

Além disso, é importante ter antivírus instalado. Softwares já renomados, como AVG, Avast! e McAfee possuem versões mobile que garantem ainda mais proteção para o celular. No entanto, eles não dispensam atitudes seguras durante a navegação, portanto, mesmo com eles no aparelho, é bom evitar instalar aplicativos de origem desconhecida, assim como acessar redes Wi-Fi e Bluetooth não confiáveis. Seguindo essas dicas, é possível deixar o WhatsApp – e outros programas – a salvo da ação de hackers e pessoas com segundas intenções.


Versão está no Instagram

O novo WhatsApp Gold ganhou até um perfil oficial no Instagram, com mais de mil seguidores, convidando usuários a instalar e receber as atualizações beta do aplicativo. Uma página no Facebook, que possui mais de 4 mil likes também divulga a suposta novidade.

Diferentemente da primeira versão, este ataque de engenharia social, descoberto pela equipe de segurança da PSafe em mais de 9 países (Brasil, França, México, Rússia, EUA, entre outros), faz com que usuários compartilhem o app entre suas redes de contatos ao atrelar o seu download ao envio de convite para 10 amigos.

Quando o usuário compartilha o link com sua rede e tenta instalar o aplicativo, é redirecionado para a instalação de outros apps na própria Google Play ou para uma página que sugere a inclusão do celular em serviços pagos de SMS. Nesta última, o usuário pode ter prejuízo financeiro sem nem mesmo ter um vírus instalado no seu celular.

O CEO da PSafe, Marco DeMello, alerta: um cérebro biológico não é capaz de se defender de um cérebro eletrônico (ataque cibernético). Por isso, ter um antivírus instalado nos dispositivos móveis é extremamente importante.