SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A passagem de uma frente fria no litoral de São Paulo trouxe com ela uma massa de ar frio de origem polar, o que fez com que derrubasse a temperatura nesta quinta-feira (28) em São Paulo. A sensação de frio será sentida durante todo o dia em função dos ventos úmidos e frios que sopram do mar em direção à costa paulista e deve ser sentida também nesta sexta (29).
Os paulistanos acordaram com os termômetros em torno de 10,4°C. As temperaturas mais baixas foram registradas nos bairros mais extremos da capital paulista: a menor foi em Capela do Socorro (zona sul), com 5,6ºC, seguida por São Mateus (zona leste), com 6,4ºC, e Parelheiros (zona sul), com 7,9ºC. Os dados são uma média das temperaturas registradas nas 26 estações meteorológicas automáticas do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), da prefeitura, na cidade.
Apesar do predomínio do sol ao longo do dia, a temperatura não deve ser superior a 18°C. As temperaturas máximas estavam, em média, cerca de 3°C a 4°C -acima do previsto para julho (22,6°C)- de sábado até esta quarta (27). A tendência é que a temperatura máxima não fique acima dos 20°C até o fim de semana.
“A passagem da frente fria derrubou as temperaturas, mas o frio não será um frio duradouro e a frente fria deve amenizar a questão da umidade do ar, que deve se elevar”, disse o meteorologista Adilson Nazário.
As taxas de umidade do ar devem variam entre 50% e 90% nesta quinta. A OMS (Organização Mundial da Saúde) considera estado de atenção quando os níveis estão entre 20% e 30%. Entre 12% e 20%, a organização considera estado de alerta. Já índices inferiores a 12% são tidos como estado de emergência sanitária.
A previsão é de 11°C, segundo os meteorologistas, durante a madrugada desta sexta (29), e durante a tarde a máxima não deve ultrapassar os 19°C. O frio será acentuado pela umidade e ar frio polar transportados pela circulação marítima, o que provoca menor sensação térmica.
A previsão para a reta final de julho, segundo Nazário, é de tempo seco, baixa umidade relativa do ar e surgimento de névoa seca na cidade. Com isso, São Paulo ganha um aspecto acinzentado no céu devido à condensação de vapor de água, associado com a poeira, fumaça e outros poluentes. É isso que os meteorologistas chamam de névoa seca, comum nos dias frios de inverno.
Esse tempo seco é em decorrência de um sistema de alta pressão atmosférica que está sobre a região central do país, impedindo a formação de nuvens carregadas e a chegada de frentes frias. O movimento do ar de cima para baixo, segundo o meteorologista, traz um ar mais seco para a superfície, o que favorece a ocorrência de inversões térmicas.
A passagem dessa frente fria acompanhada de uma massa de ar polar nos últimos dias de julho não trará chuva para São Paulo. “A probabilidade de chuvas significativas para a capital paulista é muito baixa quando da passagem do sistema frontal. Na retaguarda dele, ingressa o ar frio de origem polar que vai trazer o frio”, disse Nazário.
O meteorologista lembra ainda que julho é um mês que não chove muito. Contudo, o acumulado do mês está bem abaixo do esperado. Até agora, o CGE registrou apenas 6,6 mm de chuva, muito abaixo do esperado para o mês (48,5 mm) na capital paulista. Os meses de junho e maio foram mais chuvosos com acúmulo de 170,8 mm (esperado era 52,4 mm) e 100,6 mm (esperado era 52,4 mm), respectivamente.