O ex-senador Osmar Dias (PDT) confirmou que foi convidado, esta semana, pelo presidente interino Michel Temer (PMDB) para permanecer no governo federal e se filiar ao PMDB com o objetivo de ser o candidato do partido ao governo do Paraná em 2018. Osmar – que ficou cinco anos no cargo de vice-presidente de Agronegócio do Banco do Brasil, nomeado para o cargo pela presidente hoje afastada Dilma Rousseff – pediu demissão do posto no último dia 8 para se dedicar às eleições municipais, recusou ambos os convites. Ele também descartou aceitar uma nomeação para a Itaipu Binacional, como chegou a ser cogitado. Em entrevista à rádio CBN de Cascavel, Osmar sinalizou que seu objetivo agora é trabalhar para eleger prefeitos e vereadores e assim pavimentar uma candidatura ao governo do Estado para 2018. 

De fato eu estive com o presidente Temer que me convidou para uma conversa. Eu pedi para ser exonerado do banco dia 8 de julho. E ele me chamou para conversar sobre a possibilidade de retornar ao banco, de rever essa minha posição de me afastar, confirmou o pedetista. Mas a decisão foi tomada levando em conta muitos fatores. Primeiro eu acho que os cinco anos aqui no banco já foram suficientes, alegou. Agora eu pensando já nas eleições municipais e nas eleições de 2018 eu vi que seria melhor para a instituição e para mim poder conduzir esse processo de eleição municipal e já elaborar um plano para a próxima eleição para o governo do Estado eu estar independente. E foi isso que me levou a tomar essa decisão de sair, explicou.
Osmar confirmou ainda o convite para se filiar ao PMDB. Em todas as conversas com o PMDB esse assunto é tratado. Minha origem é o PMDB e há sim convite que foi referendado essa semana pelo presidente. Mas eu acho que neste momento o importante é eu apoiar meus companheiros que fazem parte da minha agremiação partidária e daqueles partidos que estão convivendo com o PDT no Paraná. Qualquer mudança partidária ela não pode ocorrer no momento em que se discute o município, que é o mais importante neste momento, afirmou.
Sobre a candidatura ao governo, apesar de dizer que o momento é de pensar na eleição municipal, ele sinalizou que a disputa pela sucessão estadual está em seu horizonte próximo. Nós temos que respeitar o calendário eleitoral. Nós estamos em um processo para eleger os prefeitos, vereadores, eu pretendo participar desse processo. Depois disso aí sim a gente vai tratar das eleições de 2018, alegou.
Itaipu – Até por esse projeto eleitoral, Osmar afirmou que também não poderia aceitar o convite para assumir um cargo na Itaipu. Eu acho que essa possibilidade não existe até porque quando eu fui consultado, eu deixei claro que se fosse para continuar em um cargo público eu continuaria no Banco do Brasil, disse. Eu acho que nesse momento é importante que eu esteja livre conduzir um processo eleitoral nos municípios e depois pensar, evidentemente, e essa consulta vai ser feita à população porque ninguém pode se colocar como candidato a nada sem consultar a população e a vontade da população é que deve prevalecer. E então seguindo esse calendário eu pretendo realmente não ocupar cargo público neste momento que me impediria de ter essa participação, informou o pedetista.