SAMIR CARVALHO SANTOS, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O meia Lucas Lima ainda sonha em jogar no futebol europeu, apesar de não receber nenhuma proposta oficial nesta janela de transferências. A reportagem apurou que o camisa 20 tem chances de atuar no Milan, da Itália. No entanto, a transferência do jogador depende da venda do clube italiano para um grupo de investidores da China.

Os chineses que negociam com o presidente do Milan, Silvio Berlusconi, são os mesmos que tentaram comprar Lucas Lima na temporada passada e no início deste ano. Na ocasião, o grupo chinês queria colocá-lo em algum clube da China, de preferência o Hebei China Fortune.

A proposta negada por Lucas Lima era mais do que tentadora, já que o salário do meia giraria em torno de R$ 5 milhões por mês. O mesmo grupo chinês fez proposta semelhante a Gabriel recentemente. Como Lucas Lima descartou a China em duas oportunidades, o grupo de investidores pretende contratá-lo para o Milan, com uma cláusula de que o atleta atue no futebol chinês depois de cinco anos de contrato com o clube italiano.

Um empresário brasileiro que intermedeia a negociação. Wagner Ribeiro e Edson Khodor, representantes do atleta, estão fora deste negócio. A proposta que pode chegar ao Santos gira em torno de 20 milhões de euros, valor que não interessa ao clube paulista. Isso porque o alvinegro praiano só detém 10% dos direitos econômicos do jogador, sendo 80% da Doyen Sports e 10% de Edson Khodor.

Por meio de empresários brasileiros, Lucas Lima sabe do interesse dos chineses em colocá-lo no Milan. O meia aprovou a ideia, mas sabe que o negócio é complicado, pois depende da venda do clube italiano para o grupo de investidores da China. O negócio ainda não foi assinado.

Berlusconi já confirmou que venderá o Milan para um grupo de investidores chineses e espera receber 400 milhões de euros (cerca de R$ 1,45 bilhão) nos próximos dois anos. Acredita-se que Robin Li, fundador da empresa Baidu e avaliado como sexto homem mais rico da China, seja o líder do consórcio que deve comprar uma participação de 70% no clube. Mas outros investidores, do ramo de ramo de energias renováveis e iluminação e do ramo de energia solar, também fazem parte do negócio. A reportagem entrou em contato com Wagner Ribeiro, mas o agente do atleta santista não atendeu as ligações.