SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O ex-iatista Torben Grael é o atleta mais cotado para acender a pira olímpica na cerimônia de abertura dos Jogos do Rio, no dia 5 de agosto, segundo informações da Reuters. De acordo com a agência de notícias, Grael foi entrevistado por telefone e não confirmou a informação, mas disse que a possibilidade o agrada. “Vamos esperar a confirmação disso. Vamos aguardar os acontecimentos. Mas acender a pira seria com certeza um reconhecimento muito bacana”, afirmou. O atleta já conquistou cinco medalhas na vela em Olimpíadas, duas delas de ouro, em 1996 e 2004, na categoria star.

Além do campeão olímpico, O tenista Gustavo Kuerten, também segundo a Reuters, é um dos cotados. O ex-número 1 do ranking da ATP será comentarista da competição na TV Globo. Além dele, Pelé, ídolo do futebol, já participou de cerimônia na semana passada, em Santos, quando foi homenageado pelo COI (Comitê Olímpico Internacional) e pôde segurar a tocha. Seu nome também é cotado.

O nome dos acendedores da pira olímpica são tradicionalmente mantidos em sigilo. CERIMÔNIA Na maioria dos casos, o responsável por acender a pira olímpica é um atleta consagrado do país-sede. O pugilista americano Muhammad Ali (1942-2016) o fez em Atlanta-1996. O ginasta chinês Li Ning, que ganhou três ouros na Olimpíada de 1984, acendeu a chama olímpica em Pequim-2008. Nikolaos Kaklamanakis, grego que foi campeão na vela em Jogos de Atlanta, foi o responsável em 2004. Alguns países, no entanto, já foram exceção. Aproveitaram o momento na cerimônia de abertura para passar alguma mensagem. Em 1964, na Olimpíada de Tóquio, por exemplo, o encarregado foi Yoshinori Sakai (1945-2014). Seu maior feito esportivo foi uma medalha de ouro no revezamento 4x400m nos Jogos Asiáticos de 1966. A escolha de Sakai foi simbólica. O japonês nasceu no mesmo dia em que uma bomba atômica foi lançada sobre a cidade de Hiroshima, durante a Segunda Guerra Mundial. Nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, a responsabilidade de acender a chama foi compartilhada entre sete jovens atletas, com idade entre 16 e 19 anos. Na cerimônia, cada um deles foi nomeado por um ídolo do esporte britânico. Juntos, atearam fogo a pétalas de bronze, que depois formariam a pira olímpica.