MACHADO DA COSTA
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O deficit primário acumulado neste ano pelo setor público é o pior desde o início da série história, em dezembro de 2001. Conforme informou nesta sexta-feira (29) o Banco Central, o rombo no semestre ficou em R$ 23,8 bilhões. No ano passado, o primeiro semestre havia registrado superavit de R$ 16 bilhões.
Nos últimos doze meses, o deficit fiscal ficou em R$ 151 bilhões, equivalente a 2,51% do PIB. Dessa forma, a meta fiscal para o ano fica um pouco mais próxima de ser alcançada. Até dezembro, o rombo nas contas públicas pode ser de no máximo R$ 163,9 bilhões.
Esses resultados acumulados foram impactados pelos números de junho, que pioraram a situação do governo. No sexto mês do ano, o deficit ficou em R$ 10,5 bilhões, enquanto que no ano passado, o mesmo período apontou um deficit de R$ 9 bilhões.
O setor público é composto pelo governo federal, previdência, Banco Central, Estados e municípios. O resultado primário é o quanto o governo consegue economizar para pagar a dívida pública. Quando há deficit, como agora, o governo precisa se endividar mais para manter a execução orçamentária.