Um homem apontado como líder de uma facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios foi preso na madrugada desta sexta-feira (29) na BR-116. Ele foi abordado por policiais do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) na região do bairro Atuba, em Curitiba, quando voltava da cidade de São Paulo. A polícia suspeita que ele tenha ido ao estado vizinho para tratar de assuntos com a cúpula da organização criminosa.

A polícia também descobriu que durante o deslocamento à cidade paulista o criminoso participou da escolta de um veículo que transportava drogas. O carro, conduzido por uma jovem de 19 anos, teria sofrido um acidente no município de Juquiti (SP) e parte do entorpecente foi retirada pelos integrantes do grupo.

Com as informações coletadas pelo Cope após a prisão, a Polícia Rodoviária Federal fez nova vistoria no automóvel e encontrou, dentro das portas, 33 tabletes de maconha, totalizando pouco mais de 30 quilos da droga. A participação de outros envolvidos será investigada.

O homem era um dos alvos da operação Alexandria, deflagrada em dezembro de 2015 pelas polícias Civil, Militar, Departamento de Inteligência do Paraná e pelo Departamento de Execução Penal (Depen). Cerca de 1,5 mil policiais participaram da ação, que resultou na prisão de quase 600 integrantes desta facção criminosa.

O preso tem uma extensa ficha policial, incluindo homicídio, roubo, furto, porte ilegal de arma e uso de documento falso. Ele é suspeito de ter participado do atentado que matou o agente penitenciário Ivan Lima dos Santos, em 2013, em Quatro Barras. Sobre ele ainda recaem a suspeita de participação em diversas explosões de caixas eletrônicos, entre elas o ataque ao Banco do Brasil de Campo Magro, em 2014. Ele teria participado também de esquemas de roubo de carga na região de Curitiba.

O criminoso já havia sido condenado a mais de 19 anos de prisão, tendo cumprido 12 deles no presídio federal de segurança máxima, em Mossoró (RN). Respondeu ainda processos criminais em Curitiba, Campo Largo, Matinhos e Almirante Tamandaré. Ele será transferido para o sistema prisional e ficará à disposição da Justiça.