SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Entre 3.000 e 4.000 pessoas marcharam neste sábado (30) em Glasgow para exigir um segundo referendo sobre a independência da Escócia, depois da decisão dos britânicos de abandonar a União Europeia (UE), segundo a AFP.
No referendo de 23 de junho, 62% dos escoceses votaram a favor de prosseguir na UE, diferentemente da Inglaterra e de Gales, onde a opção do Brexit, como foi apelidada a saída do bloco, venceu.
A primeira-ministra escocesa, Nicola Sturgeon, declarou um dia após a consulta que a questão de um novo referendo sobre a independência estava “sobre a mesa”, depois do realizado em 2014, quando os independentistas perderam.
“Se considerarmos que nossos interesses não podem ser protegidos no contexto do Reino Unido, a independência deve ser uma das opções” possíveis, reiterou a chefe do Partido Nacional Escocês (SNP).
Em setembro de 2014, a maioria dos escoceses (55,3%) votou a favor de permanecer no Reino Unido.
PESQUISA
Uma pesquisa divulgada neste sábado pelo YouGov mostrou que 53% dos escoceses querem que seu país fique no Reino Unido, enquanto 47% defendem a independência.
Quando perguntados se preferem permanecer na UE mas deixar o Reino Unido, 46% optam por manter a união com a Inglaterra e e 37% defendem o separatismo em troca de manter a relação com o bloco continental.
A primeira-ministra britanica, Theresa May, disse que não dará início ao processo de saída da UE até chegar a um acordo com todas as regiões do Reino Unido.