O Brasil conquistou a medalha de ouro inédita no futebol masculino na Olimpíada Rio 2016. O país nunca havia chegado ao primeiro lugar na história dessa competição. A vitória foi nos pênaltis, por 5 a 4, sobre a Alemanha, no Maracanã, nesse sábado (dia 20) à tarde. No tempo normal, o jogo acabou 1 a 1.

O herói da conquista foi o goleiro Weverton, do Atlético Paranaense, que defendeu a cobrança do atacante Petersen, 28 anos, do Freiburg, nas penalidades.

O Brasil passa a ser o país com maior número de medalhas no futebol masculino das Olimpíadas, com seis no total. São uma de ouro, três de prata e duas de bronze. No entanto, os recordistas em ouros são a Hungria e Grã-Bretanha, com três cada. Em ouros, o Brasil fica atrás de URSS (2), Argentina (2) e Uruguai (2).

A Alemanha Oriental conquistou três medalhas no futebol masculino: 1 ouro, 1 prata e 1 bronze. A Alemanha Ocidental tem 1 bronze. A Alemanha atual tem a prata de 2016.

PENALIDADES
Nas penalidades, acertaram para a Alemanha: Ginter, Gnabry, Brandt e Süle. Na última cobrança, Weverton pegou a cobrança de Petersen. Para o Brasil, converteram: Renato Augusto, Marquinhos, Rafinha, Luan e Neymar.

ARTILHEIROS
Os artilheiros do futebol olímpico em 2016 foram os atacantes Petersen e Gnabry, da Alemanha, ambos com seis gols. Neymar foi o goleador do Brasil, com quatro gols. Ele fez também três assistências.

INVICTO
O Brasil ficou os cinco primeiros jogos da Rio 2016 sem sofrer gols. O primeiro gol saiu ontem aos 13 minutos do 2º tempo. Ou seja, o goleiro Weverton, do Atlético Paranaense, somou 508 minutos sem levar gols na seleção olímpica. Weverton fez duas defesas importantes no 1º tempo, não teve culpa no gol alemão e foi pouco exigido depois.

PARANAENSES
Entre os 18 da seleção, está um paranaense: o lateral-direito Zeca, do Santos, nascido em Paranavaí (PR). Ele foi titular nos seis jogos da Rio 2016.

ELENCOS
O torneio olímpico é disputado por seleções sub-23 (atletas abaixo dos 23 anos). Cada equipe pode levar três jogadores acima de 23 anos. O Brasil escolheu Weverton, Renato Augusto e Neymar. A Alemanha não trouxe jogadores top. Entre os três acima dos 23 estão os irmãos Lars Bender e Sven Bender, que têm 19 e 5 jogos pela seleção principal, respectivamente. O terceiro veterano é o centroavante Nils Petersen, 28 anos, que nunca defendeu a seleção principal e joga no Freiburg, campeão da 2ª divisão alemã em 2015/16.

ESCALAÇÕES
O técnico Rogério Micale manteve o mesmo time dos dois últimos jogos e o mesmo esquema tático 4-2-3-1, com Gabriel e Gabriel Jesus pelos lados do campo. Luan e Neymar jogavam centralizados, mas trocavam de posição. A Alemanha jogava no 4-1-4-1.

PRIMEIRO TEMPO
O Brasil manteve o estilo dos últimos jogos, marcando avançado e saíndo com velocidade para o ataque. A Alemanha mostrou força, organização e qualidade e colocou três bolas na trave: uma 10 minutos, em chute de Brandt, de fora da área. Outra foi aos 34, quando Sven Bender aproveitou cruzamento de cobrança de falta e cabeceou no travessão.

A seleção de Micale fez 1 a 0 aos 26, em cobrança perfeita de falta de Neymar, colocando a bola no ângulo.

SEGUNDO TEMPO
Mesmo com a vantagem no placar, o Brasil seguiu jogando em velocidade, sem valorizar a posse de bola. A Alemanha não se desesperou e manteve o futebol organizado. O time europeu chegou ao empate já aos 13. Toljan cruzou rasteiro da direita e Meyer completou na área. Aos 25, Felipe Anderson entrou no lugar de Gabriel. Felipe Anderson teve grande chance para fazer 2 a 1, mas demorou para chutar. O Brasil teve outras boas jogadas, mas não conseguiu chegar ao segundo gol.

PRORROGAÇÃO
Logo no início, Rafinha Alcântara entrou no lugar de Gabriel Jesus. O jogo seguiu equilibrado, com o Brasil com mais dribles e velocidade. E a Alemanha com organização e cruzamentos perigosos. No 2º tempo da prorrogação, a seleção de Micale sufocou o adversário e pressionou o tempo inteiro.

BRASIL 1 x 1 ALEMANHA
Brasil: Weverton; Zeca, Marquinhos, Rodrigo Caio e Douglas Santos; Walace, Renato Augusto, Gabriel (Felipe Anderson), Luan e Gabriel Jesus (Rafinha Alcântara); Neymar. Técnico: Rogério Micale
Alemanha: Horn, Toljan, Ginter, Süle e Klostermann; Sven Bender, Brandt, Lars Bender (Prömel), Meyer e Gnabry; Selke (Petersen). Técnico: Horst Hrubesch
Gols: Neymar (26-1º) e Meyer (13-2º) 
Cartões amarelos: Zeca, Gabriel (B). Selke, Süle, Promel, Sven Bender (A)
Árbitro: Alireza Faghani (Irã)
Local: Maracanã, no Rio de Janeiro