Quando começou a temporada 2016, a promessa da diretoria paranista era de um time forte, capaz de finalmente garantir o tão sonhado retorno à Série A do Brasileirão. Passadas 20 rodadas da competição, no entanto, a realidade que o clube e sua torcida encaram está mais para uma tragédia do que para um idílio. E se o roteiro está longe do imaginado, certamente a culpa é do famoso fator casa.

Em 10 jogos dentro de casa na Segundona, o Paraná somou três vitórias, cinco empates e duas derrotas, com aproveitamento de 46,67%, o quarto pior como mandante entre os 20 clubes da Série B e o pior do próprio Tricolor desde 2008, quando a equipe caiu para a Segunda Divisão (o recorde negativo de aproveitamento, inclusive, foi registrado em 2008 quando o time paranaense somou 52,63% de aproveitamento na Vila Capanema).

A mais recente decepção do Paraná dentro de seus próprios domínios foi na última sexta-feira, quando a equipe foi derrotada pelo Brasil de Pelotas por 2 a 0 e caiu quatro posições (do 9º para o 13º lugar). Antes, porém, dois fracassos marcantes aconteceram na 15ª e 16ª rodadas, quando o time ficou no 0 a 0 contra Avaí e Paysandu, deixando escapar duas oportunidades consecutivas de entrar no tão sonhado G4.

O curioso, porém, é que se dentro de casa o time faz uma das piores campanhas da Série B, como visitante está entre os melhores. Em 10 jogos, 3 vitórias, três empates e quatro derrotas, com 40% de aproveitamento e a 7ª melhor campanha fora de casa entre os clubes da Segundona. 

No próximo sábado, inclusive, terá a oportunidade de melhorar ainda mais esses números, quando encara o Bahia na Arena Fonte Nova a partir das 18h30.

E se até um mês atrás o time parecia firme e forte na briga pelo acesso, hoje já começa a se preocupar com o fantasma do rebaixamento. Estacionado nos 26 pontos, o Paraná está hoje mais próximo do Z4 do que do G4: aparece cinco pontos na frente do Bragantino, 17º colocado, e nove atrás do CRB, 4º colocado.