A Toyota inaugurou ontem, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, o primeiro Centro de Pesquisa Aplicada da marca na América Latina e o quarto no mundo fora do Japão. Só há estruturas desse tipo nos Estados Unidos, Europa e Tailândia.

Com o centro, que recebeu investimento de R$ 46 milhões, a filial brasileira poderá, inicialmente, realizar, sem depender da matriz japonesa, modificações nos carros fabricados no País (o chamado face-lift), criar edições especiais e avaliar novos materiais e a capacidade técnica dos fornecedores de peças.

“No futuro também poderemos desenvolver os carros para a região”, diz o presidente da Toyota para a América Latina e Caribe, Steve St. Angelo. Hoje, a maioria dos veículos da Toyota é criada no Japão e, com a alta demanda, muitas vezes há “fila de espera” para projetos voltados a outras regiões.

O primeiro trabalho do centro já está no mercado, o Etios Platinum, com mudanças visuais nas partes dianteira e traseira, foi lançado no início do mês. Segundo o presidente da Toyota do Brasil, Koji Kondo, as atividades do centro incluem também melhorias nos modelos locais, teste de emissões, análise de matérias-primas e desenvolvimento de acessórios.

“É um grande passo para alcançarmos autossuficiência e para cumprir as regras do Inovar Auto”, afirma Kondo, referindo-se ao programa automotivo que incentiva o desenvolvimento de motores mais eficientes e menos poluentes. A primeira fábrica do grupo no Brasil, inaugurada em 1962 e que hoje produz componentes e abriga a sede administrativa da empresa, foi escolhida para receber o projeto.