SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O TST (Tribunal Superior do Trabalho) determinou na noite desta quarta-feira (24) o fim da greve dos metroviários do Distrito Federal, com retorno imediato aos postos de trabalho e o restabelecimento das atividades até a meia-noite desta sexta-feira (26). As informações são da Agência Brasil.
Apesar de não ser considerada abusiva, o tribunal avaliou que a paralisação teve seu período “demasiadamente prolongado”, com 72 dias de duração.
O TST também determinou a compensação de um terço dos dias parados, a dedução de outro terço na folha de pagamento durante seis meses e o abono de um terço do período. Apesar da determinação pelo fim da greve, a ministra-relatora do processo, Maria de Assis Calsing, ressaltou que o Metrô do DF tem descumprido os acordos feitos com os trabalhadores do órgão.
“A despeito da vinculação da contratação de pessoal à Lei de Responsabilidade Fiscal, o certo é que o Metrô do DF vem frustrando reiteradamente as expectativas da categoria profissional com promessas acordadas e não cumpridas, efetivamente com o discurso fácil de que não pode satisfazê-las”, afirmou.
Entretanto, para a ministra, ainda que o julgamento não alcance as reivindicações do movimento, a greve prolongada não se justifica. No período da paralisação, o metrô do Distrito Federal funcionou apenas nos horários de pico, de 6h às 9h e das 17h às 20h30.
O Sindimetrô, sindicato da categoria, realizará uma assembleia com os trabalhadores nesta quinta-feira (25) para decidirem se acatam a decisão do tribunal. Segundo a entidade, o deficit atual é de 800 funcionários e há cerca de 900 aprovados em concurso aguardando convocação.