GUILHERME GENESTRETI
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O diretor e produtor mineiro Guilherme Fiúza Zenha anunciou que não irá mais participar da comissão que escolherá que filme brasileiro representará o país no Oscar.
Em seu perfil no Facebook, Zenha disse que está se desligando por “questões pessoais”.
Instituída pela Secretaria do Audiovisual, ligada ao Ministério da Cultura, a comissão é alvo de polêmicas desde agosto, quando foi criada.
Isso porque faz parte de seus nove membros o crítico paulista Marcos Petrucelli, que já usou seus perfis em redes sociais para ironizar o diretor Kleber Mendonça Filho, de “Aquarius”.
O filme de Mendonça Filho é um dos favoritos na disputa à vaga. Petrucelli ironizou o diretor após o ato encampado por ele e pela equipe de “Aquarius” na estreia do filme, no Festival de Cannes. Na ocasião, o cineasta empunhou cartazes contra o impeachment de Dilma, com dizeres que um “golpe está acontecendo no Brasil”.
“Vergonha é o mínimo que se pode dizer”, escreveu Petrucelli, que ainda ironizou o fato de o filme não ter levado nenhum prêmio.
Na tarde de quarta (24), dois diretores decidiram não inscrever seus filmes na disputa em apoio ao filme de Mendonça Filho: Gabriel Mascaro (“Boi Neon”) e Anna Muylaert (“Mãe Só Há Uma”). “Achamos que este é o ano de ‘Aquarius’, disse Muylaert.