O Ministério Público do Paraná, por meio da Promotoria de Justiça de Altônia, Noroeste Parananense, ajuizou ação civil pública por ato de improbidade administrativa contra duas policiais civis e uma servidora pública que atuavam na delegacia de polícia da cidade. As três são acusadas de tentar cobrar adicionais para a prestação (ou para deixar de prestar) de serviços inerentes às suas funções.

Segundo as investigações, as três funcionárias públicas teriam exigido aproximadamente R$ 5 mil de uma pessoa e de seu advogado para registrar um boletim de ocorrência por estelionato. Anteriormente, a mesma vítima já teria recebido a proposta de pagar igual valor para que duas das acusadas deixassem de encaminhar para a Justiça uma acusação de injúria, que pesava contra ela. As duas situações configuram prática do crime de corrupção passiva pelas servidoras públicas, na esfera penal, e de improbidade administrativa, na cível. Eventual condenação por improbidade pode levar à perda da função pública e ao pagamento de multa, entre outras sanções.

O trabalho de investigação, que resultou na propositura da ação, recebeu suporte da equipe de Foz do Iguaçu do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), braço do MP-PR que atua também no controle externo da atividade policial.