Dois meses após o encerramento da investigação policial sobre o assassinato do funkeiro Daniel Pellegrine, o MC Daleste, o Ministério Público pediu a reabertura do caso. O cantor foi morto com tiro na barriga quando fazia um show em Campinas, no interior de São Paulo, em julho de 2013.

O pedido de reabertura foi feito pela advogada do caso, Patrícia Vega, com base em novas provas. Conversas gravadas que chegaram de forma anônima até a defensora sugerem que integrantes da equipe do cantor conheciam o real motivo do crime. Logo após entrar com o pedido, Patrícia foi substituída por outros representantes legais.

Uma das declarações mais graves indica que o irmão e o cunhado do cantor sabiam de tudo e ocultaram a informação intencionalmente para proteger seus respectivos casamentos: Acha que os dois vão contar sendo que o Marcelo é casado com a irmã do Pet, do Da Leste. Vai contar que os caras não sai da zona atrás de mulher.

O Pet (irmão) e o Marcelo (cunhado) sabiam porque quando o Da Leste tomou o tiro e os dois tava lá no hospital, o Marcelo virou pro Pet e falou… ‘eu falei pra vocês não mexer com aquela mulher’, olha só o que deu, você entendeu…

Em outro momento das gravações, o homem entrevistado pela reportagem diz que a suposta amante do Da Leste teria tentado avisar que o crime aconteceria naquela noite: No dia em que aconteceu o homicídio do Da Leste, a menina ligou no celular dele para avisar só que ele achou que era brincadeira.

A reportagem tentou por diversas vezes falar com os familiares de Daleste por meio de telefones celulares e de recados em redes sociais, mas não obteve retorno.