O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, retomou a sessão de julgamento da presidente Dilma Rousseff, na manhã desta sexta-feira (26). Dilma é julgada pelo crime de responsabilidade fiscal. 

O plenário do Senado retoma na manhã desta sexta-feira (26) a sessão destinada ao julgamento final da presidente afastada Dilma Rousseff no processo de impeachment. Devem ser ouvidas as testemunhas de defesa da petista.

O julgamento final começou nesta quinta (25) com os depoimentos de duas testemunhas de acusação. A expectativa é que sessão com as testemunhas de defesa – 6 no total – avance para o fim de semana.

Foram chamados pela defesa de Dilma as seguintes testemunhas:
– Luiz Gonzaga Belluzzo, economista;
– Geraldo Prado, professor de direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ);
– Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda;
– Esther Dweck, ex-secretária de Orçamento Federal do governo;
– Luiz Cláudio Costa, ex-secretário-executivo do Ministério da Educação;
– Ricardo Lodi Ribeiro, professor de direito da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).

 

 A primeira manhã do julgamento final do impeachment da presidente afastada, na quinta-feira (25),  Dilma Rousseff, foi dedicada a discutir questões de ordem apresentadas pelos senadores e marcada por bate-boca entre parlamentares. A sessão durou pouco mais de três horas e meia e teve de ser interrompida por alguns minutos depois que parlamentares trocaram xingamentos em plenário.

Responsável por conduzir a sessão, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, negou todos os 10 questionamentos apresentados por aliados de Dilma, o máximo que poderiam apresentar. Eles apresentaram argumentos para tentar suspender o julgamento, arquivar a denúncia que embasa o pedido de impeachment e suspender o depoimento de uma testemunha de acusação. 
O momento mais tenso ocorreu depois de a senadora paranaense Gleisi Hoffmann (PT) acusar os pares de não terem moral para julgar a presidente afastada. Aqui não tem ninguém com condições para julgar ninguém. Qual a moral do Senado para julgar uma presidente da República?, disse, visivelmente exaltada. A declaração foi interrompida pela manifestação indignada de outros senadores longe do microfone, entre eles, Ronaldo Caiado (DEM-GO), a quem Gleisi respondeu acusando: o senhor é do trabalho escravo, disse ao microfone.
Caiado disparou contra o marido de Gleisi, o ex-ministro Paulo Bernardo, que chegou a ser preso em uma operação da Polícia Federal. Eu exijo respeito. Eu não sou assaltante de aposentado, disse.
Senadores do PT reagiram, chamaram o democrata de canalha e pediram respeito ao PT. Durante o bate-boca, Caiado chegou a dizer para o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) fazer exame antidoping e não ficar cheirando. Após o fim do bate-boca, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) pediu serenidade aos colegas para que o julgamento pudesse continuar. Senadores ainda protestaram contra o tom usado por Gleisi.