Enquanto 72,0% do total de estudantes do 9º ano estavam satisfeitos ou muito satisfeitos com o proprio corpo (1,9 milhão), sendo entre os meninos de 77,9% e entre as meninas de 66,6%, 18,3% (481,4 mil) consideravam-se gordos ou muitos gordos. A proporção era maior entre as meninas (21,8% contra 14,6% entre meninos). Entre os estudantes que responderam à pesquisa, 25,6% tinham desejo de emagrecer. Apesar de 21,8% das meninas se considerarem gordas ou muito gordas, o desejo de perder peso atingia 30,3% das estudantes. No Paraná, esse índice é de 26,7%.

A região Sul apresentava a proporção mais elevada de alunas do 9º ano que queriam emagrecer (36,6%) sendo que, dentre as unidades da federação, o maior percentual encontrava-se no Rio Grande do Sul (39,2%).

Enquanto 11,6% dos meninos se sentiam insatisfeitos ou muito insatisfeitos com o próprio corpo, o dobro das meninas tinham o mesmo sentimento (23,3%).

A pesquisa mostra que 7,0% dos estudantes do 9º ano (184,2 mil) haviam induzido o vômito ou tomado laxantes nos últimos 30 dias, como meio de emagrecer ou de evitar ganhar peso. Entre os meninos, esta proporção era de 6,5% e, entre as meninas, de 7,5%. Esta tendência se inverte em alguns estados das regiões Norte e Nordeste, especialmente no Maranhão, onde a proporção de meninos era de 10,2% e a das meninas, 7,3%. Nas escolas públicas, 7,2% dos alunos utilizaram-se deste método para perder ou manter o peso, proporção um pouco superior à das escolas privadas (5,9%).
A atitude de ingerir medicamentos, fórmulas ou algum produto para perder peso, sem acompanhamento médico, era mais comum entre os meninos (6,8%) do que entre as meninas (5,2%). O Tocantins mostrou a maior diferença, com 10,7% dos meninos e 5,2% das meninas utilizando este procedimento.

Se a intenção é ganhar peso ou massa muscular, aumenta a diferença entre meninos (8,6%) e meninas (5,6%) que fazem uso de medicamento, fórmula ou outro produto. Tocantins detinha a maior proporção de meninos que tinham recorrido a este recurso (14,2%).