Os candidatos à prefeitura de Curitiba se apresentaram ao eleitor no primeiro programa na TV, no início da tarde desta sexta-feira (26). A estreia da propaganda eleitoral teve discursos de “renovação”, como os de Maria Victoria (PP) e Ney Leprevost (PSD), críticas à atual gestão e apresentação das biografias dos candidatos. O primeiro programa do prefeito e candidato à reeleição Gustavo Fruet (PDT) focou na trajetória do político; já a estreia de Rafael Greca (PMN) teve um discurso do ex-prefeito sobre o passado e o futuro da cidade. As campanhas de Xênia Mello (Psol) e Ademar Pereira (Pros) não enviaram os programas. A ordem do primeiro dia foi definida em sorteio. Veja como foi o programa de cada um dos candidatos:

Tadeu Veneri (PT)
O candidato do PT foi o primeiro a se apresentar ao eleitor: o deputado estadual e presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa começou como líder sindical e estudantil e depois foi eleito vereador em Curitiba. “Nosso desafio agora é a prefeitura de Curitiba. Quero sonhar os mesmos sonhos que a população sonha”, disse Veneri na Praça Nossa Senhora de Salete, no Centro Cívico. Ele citou o tema que deve nortear sua campanha: “Não podemos continuar vivendo com alguns grupos que se julgam donos da cidade”, disse ao se referir aos serviços de coleta e destinação do lixo, acesso à informação, especulação imobiliária e mobilidade urbana. No fim, convidou o eleitor para entrar no seu site e conhecer as propostas. 

Xênia Mello (Psol)
Não enviou o programa.

Ademar Pereira (Pros)
Não enviou o programa.

Maria Victoria (PP)
A candidata do PP começou falando sobre “o dom de fazer diferente” e do orgulho que sentia de Curitiba. “Com o tempo, porém, essa cidade foi perdendo seu maior dom, o talento para a magia, a capacidade de inovar”, afirmou, dizendo que a cidade precisa “retomar o seu rumo e trazer de volta o que era a sua marca”. O programa mostrou fotografias de viagens da candidata. “Quando eu estava na África ou na China, viajando e conhecendo as dificuldades e a enorme energia daquela gente, pensava nela, a minha cidade”, disse a deputada estadual. “Curitiba se transformou em uma grande metrópole, com os problemas que uma grande metrópole tem”. Destaque para as ilustrações que lembram as antigas campanhas do ex-governador Jaime Lerner.

Ney Leprevost (PSD)
O candidato do PSD iniciou sua fala dizendo que Curitiba atualmente é uma cidade “mal cuidada, triste”, onde “as coisas não funcionam”, o que deve ser uma das linhas de sua campanha. O programa tentou passar a imagem de uma campanha ágil e conectada: o candidato falava e era visto no celular de uma jovem, no táxi, na academia, no notebook de uma professora. No fim, Leprevost fez uma breve apresentação. 

Gustavo Fruet (PDT)
A campanha do prefeito e candidato à reeleição focou em sua biografia (vereador em Curitiba e três vezes deputado federal) e na imagem de responsabilidade. O programa teve depoimentos do ex-ministro Euclides Scalco, coordenador da campanha, e do ex-senador Osmar Dias. Um candidato “com toda a vida dedicada a um novo jeito de fazer política”, disse Scalco. “Foi combatendo a corrpução e fazendo parte da CPI dos Correios que ele se destacou e ficou conhecido no Brasil inteiro como um parlamentar rigoroso”, afirmou Dias. A mulher de Fruet, Marcia Fruet, disse que o objetivo do candidato em 2012, ao concorrer à prefeitura, era “continuar o trabalho do pai dele (o ex-prefeito Maurícico Fruet)”. O programa lembrou que Fruet assumiu a prefeitura com uma dívida de R$ 578 milhões. 

Afonso Rangel (PRP)
Com apenas 9 segundos, o candidato do PRP se apresentou como gestor e divulgou seu canal no Youtube.

Rafael Greca (PMN)
O primeiro programa de Rafael Greca na TV mostrou um grande mosaico de imagens de Curitiba sobre um discurso do candidato. “Viva Curitiba, viva a possibilidade de Curitiba dizer de novo que tendência não é destino”, disse o ex-prefeito ao abrir seu horário. “Curitiba primeiro é desenhada no nosso coração, e depois é desenhada na nossa consciência, e depois é projetada na rua, na calçada”. Enquanto imagens da cidade e da população se sucediam, Greca falava sobre o que, segundo ele, foi “rasgado, abandonado, pichado, esburacado, esquecido no rosto da cidade amada”. Para o candidato, o que ocorre na cidade atualmente é uma “desqualificação da Curitiba em que se asfaltavam ruas em duas semanas”. Ao encerrar, Greca disse que “é tempo de voltar para o futuro”.

Requião Filho (PMDB)
O candidato do PMDB levou ao ar trechos da primeira série que vem exibindo na internet sobre seu dia a dia e os bastidores da campanha. “Quem é que vai acreditar em políticos em 2016, como é possível convencer alguém que é possível ser diferente”, pergunta enquanto dirige um automóvel. Em seguida, se apresentou como deputado estadual e líder da oposição ao governador Beto Richa (PSDB) para dizer que a ação da Polícia Militar contra os professores, em abril de 2015, na frente da Assembleia Legislativa, o motivou a concorrer à prefeitura. “Não é esse tipo de política que Curitiba merece”, disse. “Coragem pra mudar eu tenho, e você?”, questionou ao encerrar seu programa.