SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Professores da rede municipal e estadual fazem manifestações na região central de São Paulo nesta sexta-feira (26). Os protestos foram convocados pelo Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) e pelo Sinpeem (Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo).

Os sindicatos estimam que os atos reuniram 40 mil pessoas. A Polícia Militar não divulgou uma estimativa.

O ato dos professores estaduais se iniciou na manhã desta sexta (26), na praça da República, sem a participação do Sinpeem, que havia organizado uma manifestação própria às 14h, no viaduto do Chá. Às 16h, os manifestante decidiram unificar o ato e seguir até a avenida Paulista, que teve o trânsito interditado nos dois sentidos entre 18h e 19h, quando a Polícia Militar liberou a circulação de veículos.

Durante o ato, a rua da Consolação, a avenida Ipiranga e o viaduto do Chá também foram bloqueados conforme os manifestantes se deslocavam. Na rua da Consolação, o tráfego foi liberado às 17h57, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).

A manifestação dos professores municipais, inicialmente, tinha como foco um projeto de lei proposto pela prefeitura, que instituía um plano de aposentadoria privada para servidores públicos municipais, chamado de Sampaprev. O valor da aposentadoria dos funcionários passaria a ter um teto de R$ 4.600. O prefeito e candidato à reeleição Fernando Haddad (PT), no entanto, desistiu temporariamente do projeto na última quarta (24) com a justificativa de “permitir maior debate e esclarecimentos” a respeito do plano. O Sinpeem decidiu manter a manifestação, contra projetos de lei que restringem gastos com funcionalismo e por reajustes salariais.

Durante o ato, a Apeoesp afirmou que discutirá com os servidores estaduais as suas reivindicações até o dia 22, quando deve ocorrer uma nova assembleia e também uma paralisação como a desta sexta. Já a Sinpeem informou que seguirá “vigilante” quanto à retirada do Sampaprev. De acordo com o sindicato municipal, como a gestão Haddad deu a entender que a retirada é momentânea, os professores municipais entrariam em greve caso proposta semelhante volte à pauta na Câmara. Os dois sindicatos discutem a possibilidade de uma greve unificada no próximo mês.