MATEUS SILVA ALVES
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Ricardo Gomes tem um bom motivo para estar feliz. Não se trata do desempenho do São Paulo, evidentemente, já que o time vive uma crise técnica que o colocou perto da eliminação na Copa do Brasil e da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. O que deixa o treinador são-paulino contente é que faltam dez dias para o próximo jogo de sua equipe, contra o Palmeiras, pelo Nacional.
Esse tempo será usado para treinar e, principalmente, para conversar. Recém-chegado ao clube (ainda não completou três semanas no São Paulo), Ricardo Gomes quer levantar o moral de um time muito abatido. E ele não nega que vai dedicar atenção especial a três jogadores: Michel Bastos, Wesley e Carlinhos.
A escolha desse trio não foi por acaso. Tratam-se dos três atletas agredidos na invasão ao CT tricolor, no sábado (27). Ricardo acredita que eles podem ser importantes para o time no resto da temporada, e vai gastar bastante tempo para recuperá-los.
“Usaremos todos os meios para recuperar Wesley, Carlinhos, jogadores bons e que chegaram aqui pelo que fizeram na carreira”, disse o treinador, após o empate por 0 a 0 com o Coritiba, neste domingo (28). “Eles não foram apostas, eram jogadores confirmados. É diferente de apostar em um garoto. Eles e o Michel Bastos são confirmados pelo passado que têm fora daqui e no São Paulo. Esses dez dias até o Palmeiras servirão para isso também, para recuperá-los e, com eles, o time jogará melhor.”
Dos três, apenas Michel Bastos participou do jogo deste domingo, e foi fácil notar como a torcida são-paulina está irritada com ele. Foi o jogador mais xingado do time, de longe.
Nesses dez dias, Ricardo não terá o lateral Mena e o meia Cueva, que estarão com suas seleções (do Chile e do Peru, respectivamente). Além disso, Rodrigo Caio e Bruno estão machucados e Buffarini levou o terceiro cartão amarelo contra o Coritiba.
Com tantos problemas, o treinador tem esperança de que a diretoria contrate pelo menos um jogador nos próximos dias, embora só possam chegar atletas que não tenham disputado sete jogos no Brasileiro, ou de divisões menores do futebol nacional.
“Conversei com o Gustavo [Vieira de Oliveira, diretor executivo de futebol], o Renê [Weber, coordenador técnico] e o presidente [Carlos Augusto de Barros e Silva]. Estamos pensando nisso [contratação de reforços], sim.”