Precisão nos passes e posse de bola. Duas características marcantes do tiki-taka, estilo de jogo que consagrou Barcelona e a seleção espanhola.

No Brasil, não há clube que tente implantar essa filosofia de jogo. No entanto, os times que aparecem no topo da tabela do Campeonato Brasileiro também são os primeiros colocados no que pode ser chamado de “ranking tiki-taka: maior posse de bola e precisão nos passes.

Todos os integrantes do atual G4 da competição têm mais de 51,4% de posse de bola. O líder Palmeiras tem 53%. O melhor nesse quesito é o Corinthians, com 54,8%. Os dados são do WhoScored.

Os times que mais acertam passes na competição também estão no topo da tabela. O Santos, quinto colocado da competição, lidera nesse quesito, com 83,8%. O cálculo do WhoScored considera a precisão nos passes e nos lançamentos. O 2º, o 3º e o 4º lugares no ranking de passes são todos integrantes do G4: Corinthians (82,1%), Flamengo (82%) e Atlético-MG (80,9%).

Os números mostram que o Coritiba está na contramão dos líderes do campeonato. O time paranaense é o penúltimo em posse de bola, com apenas 46,8% por jogo, e também o penúltimo na precisão de passes e lançamentos, com apenas 74,2%. O único que fica abaixo do Coxa é o Figueirense, com 45,2% de posse e 71,4% nos passes.

O que mantém o Coritiba vivo na competição é a facilidade para finalizar. Mesmo com dificuldades para trocar passes e manter a posse, o Coxa é o 11º no ranking de finalizações, com média de 12,6 por jogo.

Os jogadores que mais erraram passes no Coritiba, até agora, foram Walisson Maia (51,5% de precisão), Evandro (52,9%), Amaral (59,1%), Guilherme Parede (63,6%), Neto Berola (66,1%), Ortega (66,7%) e Luccas Claro (67,8%).

Os que mais acertaram são Alan Santos (85,7%), Emerson Conceição (84,8%), João Paulo (83,6%), Thiago Lopes (82,9%), Fábio Braga (81,6%), Edinho (81,5%), Benítez (80,4%) e Juan (79,7%)

Os responsáveis pelos passes mais criativos são Juan, com média de 2,4 passes para finalizações por jogo, Raphael Veiga (1,6), Kleber (1,4), Carlinhos (1,2), Ruy (1,2), González (1) e González (1).

Os jogadores que mais contribuem para a perda de posse de bola são Raphael Veiga (média de 2,6 bolas perdidas por jogo), Felipe Amorim (1,8), González (1,3), Kleber (1,3), Kazim (1,2) e Neto Berola (1,2).