O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) publicou nesta segunda-feira (29) o Balanço do 1º semestre de 2016, informando a contratação de R$ 1,84 bilhão em 4.451 novas operações de crédito destinadas a grandes e pequenos empreendedores de todos os setores da economia dos três estados da Região Sul. A agência paranaense do banco foi responsável pelo maior volume de financiamentos, tendo contratado R$ 762,656 milhões no período. 

Entre os setores que receberam mais recursos se destaca o de comércio e serviços, incluindo projetos de armazenagem para cooperativas, com R$ 569,6 milhões em financiamentos ou 30,90% do total. Em seguida aparecem agropecuária, com R$ 518,7 milhões (28,14%); infraestrutura, com R$ 397,1 milhões (21,53%); e indústria, com R$ 358,1 milhões (19,43%).

Comparando os resultados do primeiro semestre de 2015 com os de 2016, os números mostram o aumento dos ativos de R$ 14,2 bilhões para R$ 15,5 bilhões com um crescimento de 9,2%. Já o patrimônio líquido do BRDE teve incremento de 9,1%, passando de R$ 2,2 bilhões para R$ 2,4 bilhões. O saldo de operações também apresentou crescimento, atingindo a marca de R$ 12,8 bilhões, 7,6% maior que o do primeiro semestre do ano passado. 

Para o vice-presidente do BRDE, Orlando Pessuti, os resultados comprovam que o banco continua firme em sua missão de zelar pelas empresas, cooperativas de produção e produtores rurais, seus clientes, empreendedores de projetos de pequeno e médio porte, geradores de renda e oportunidades de trabalho. Ele lembra que o banco conseguiu fechar o semestre com resultado positivo de R$ 77,6 milhões, diferentemente de outras instituições financeiras que registraram prejuízo. 

O BRDE mostrou, mais uma vez, eficiência e eficácia em seu trabalho, disse Pessuti. Fechamos o semestre com lucro, nossa meta de financiamento foi atingida neste primeiro semestre e devemos atingir o orçamento planejado para 2016.

OPERAÇÕES – O saldo do BRDE está distribuído em contratos com 34.725 clientes, que movimentam a economia local de 1.081 municípios onde o banco atua. 

Os financiamentos firmados no primeiro semestre, somados às disponibilidades dos empreendedores, permitirão concretizar investimentos da ordem de R$ 2,12 bilhões. Esse total significa a geração de mais de 19.200 empregos e o incremento da arrecadação de impostos estaduais na ordem de R$ 69,6 milhões, recursos esses para investimentos em benefício das comunidades da Região Sul. 

Na avaliação do diretor de operações do BRDE, João Luiz Agner Regiani, o banco, mesmo numa época de crise da economia e retração de investimentos, conseguiu manter a oferta de crédito para dar sustentação aos que investem, inovam, criam oportunidades, geram empregos e mantém viva a atividade produtiva. 

Os excelentes resultados obtidos pelo banco mostram que os empreendedores continuam a investir, a buscar o crescimento. Como o BRDE oferece ótimas condições de financiamento a praticamente todos os segmentos econômicos, o acesso ao crédito se mantém e os empreendedores continuam a estruturar e ampliar negócios, explica Regiani. 

ESTADO – No Paraná, os financiamentos do BRDE têm impulsionado todos os setores da economia, com destaque para o segmento cooperativista. 

Dos R$ 762,656 milhões contratados pela Agência Paraná do BRDE no semestre, R$ 336 milhões foram liberados a 17 cooperativas, abrangendo diversos projetos em municípios como Piraí do Sul, Ortigueira, Nova Laranjeiras, Medianeira, Matelândia, Marialva e Marechal Candido Rondon. Outros R$ 228 milhões foram contratados a produtores rurais por meio de convênios com cooperativas de produção e de crédito. 

O superintendente da Agência Paraná do BRDE, Paulo Cesar Starke Junior, explica que a grande procura por financiamentos para projetos relacionados ao campo reflete as características da economia paranaense, marcada por um agronegócio forte, competitivo e em constante expansão. 

No Paraná, o campo segue como um segmento muito importante da economia. Os resultados expressivos do Estado no setor, como a liderança em produtividade de soja e milho e na exportação de carne de frango, evidenciam isso, diz Starke. 

Desde 2011, a Agência Paraná já contratou R$ 4,351 bilhões para projetos da área de agronegócio, sendo R$ 2,292 bilhões para a produção primária, R$ 1,876 bilhão para a agroindústria e R$ 182,013 milhões para serviços ligados ao campo.