GUSTAVO URIBE
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Com receio de enfrentar dificuldades na aprovação de medidas econômicas no Congresso Nacional, o presidente interino, Michel Temer, decidiu fazer um aceno à base aliada e levará uma comitiva parlamentar para viagem que pretende fazer à China após a conclusão do processo de impeachment no Senado Federal.
No avião presidencial, além dos ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e José Serra (Relações Exteriores), acompanharão o peemedebista o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o ex-ministro do Planejamento e senador, Romero Jucá (PMDB-RR).
Farão parte da comitiva parlamentar também os deputados federais Beto Mansur (PRB-SP), Pauderney Avelino (DEM-AM), Fábio Ramalho (PMDB-MG) e Altineu Côrtes (PMDB-RJ), indicados pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
A expectativa do Palácio do Planalto é que o processo de impeachment seja concluído na madrugada de quarta-feira (31). A intenção é que o peemedebista tome posse no Congresso Nacional na manhã do mesmo dia, grave pronunciamento em cadeia nacional no início da tarde e embarque no início da noite para participar do encontro do G-20.
Nesta terça-feira (30), devem embarcar em voos comerciais para o país oriental os ministros Henrique Meirelles (Fazenda), Blairo Maggi (Agricultura) e Maurício Quintella (Transportes), que participarão de encontros preliminares com ministros e empresários estrangeiros.
Na volta da viagem à China, o presidente interino deve enfrentar votações difíceis no Congresso Nacional, como a proposta que estabelece um teto de gastos públicos e a reforma previdenciária, que deve ser enviada em outubro.
As duas enfrentam resistências no Congresso Nacional, sobretudo na Câmara dos Deputados por parte do chamado “centrão”.