CAMILA MATTOSO SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Após novas promessas de acerto próximo de ser concluído, o Corinthians está, de novo, longe de uma confirmação da venda dos direitos de nome, os naming rights, do seu estádio, em Itaquera. A primeira promessa de “estar perto” de um acordo aconteceu em fevereiro de 2012.

A última negociação, a que foi mais longe nesses quatro anos, chegou a ter contrato redigido e plano de marketing definido, mas agora está paralisada. Ela acontece desde o fim do ano passado.

Como mostrou a Folha de S.Paulo em janeiro, a transação que estava em andamento envolvia um pool de instituições, recém-criado, interessado em comprar os naming rights e também o programa de sócio-torcedor. O presidente Roberto de Andrade e outros dirigentes afirmaram na época que era uma questão de “dias” para, enfim, anunciar o maior patrocinador do clube. Pela versão das pessoas ligadas à empresa, a negociação travou.

O motivo, segundo a empresa, é que a diretoria do clube teria criado dificuldades. Já os cartolas do Corinthians alegam que e as garantias financeiras não foram apresentadas de forma suficiente. “Como é um contrato de 20 anos, temos que nos garantir ao máximo. Estamos ainda conversando, mas tudo é muito complexo e novo no Brasil”, afirmou Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians e deputado federal (PT-SP), que está à frente das negociações. “Eles deram garantias, mas queremos e temos que ter mais”, completou.

Sanchez, porém, não confirma que a negociação tenha se esgotado completamente. Representantes do alvinegro já oferecem o mesmo projeto para outras empresas.

O estádio do Corinthians foi inaugurado em maio de 2014, pouco antes de sediar a abertura da Copa do Mundo. Ao final do pagamento das prestações do estádio, se o plano for seguido, a construção custará cerca de R$ 1,64 bilhão, contando juros, em valor presente. A venda do naming rights é tida no clube como fundamental para o pagamento da dívida contraída para a construção do estádio.