O Brasil validou oficialmente a sua participação no Acordo de Paris sobre mudança do clima. O presidente Michel Temer assinou, no último dia 12 de setembro, o documento que confirma a participação do País no pacto para conter o aquecimento global.

O objetivo é estabelecer um modelo de produção capaz de cortar as emissões de gases de efeito estufa, responsáveis por prejuízos como secas, enchentes e aumento dos níveis dos oceanos. O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, disse que a sociedade participará da implantação das metas nacionais assumidas no Acordo.

Liderança na agenda climática
A medida confirma a liderança do Brasil na agenda climática. Após a aprovação em tempo recorde pelo Congresso Nacional e a assinatura do presidente, o Brasil se torna um dos primeiros emergentes a entrar, de fato, no Acordo de Paris. Mais de 190 países concluíram o pacto no fim de 2015. Para começar a valer, no entanto, é preciso que cada uma dessas nações transforme o texto em lei nacional. Além do Brasil, apenas 27 países terminaram esse processo até agora.

Meta é cortar em 37% a emissão de gases até 2025
No contexto do Acordo de Paris, a meta brasileira é cortar as emissões de gases de efeito estufa em 37% até 2025, com o indicativo de redução de 43% até 2030 – ambos em comparação aos níveis de 2005. Para cumprir a meta e fazer sua parte no combate ao aquecimento global, o Brasil promoverá mudanças em toda a economia. De acordo com Sarney Filho, as ações serão articuladas com os setores da agropecuária e de energia, com a participação dos movimentos sociais, do empresariado e dos Estados e municípios.

Paraná cria zoneamento do Litoral
O governador do Paraná, Beto Richa assinou, no início do mês (05/09), o decreto que estabelece o Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) do Litoral. O zoneamento indica as áreas passíveis de empreendimentos e atividade urbana e assegura que 85% de toda a região sejam preservados. O governador destaca que o ZEE servirá de subsídio para a atualização dos planos diretores de municípios do Litoral. A área coberta pelo ZEE, de 6,3 mil quilômetros quadrados, abrange sete municípios (Morretes, Antonina, Paranaguá, Guaraqueçaba, Pontal do Paraná, Guaratuba e Matinhos).

O foco do trabalho é compatibilizar as questões socioeconômicas com as ambientais.

1/3 dos aquíferos do planeta estão ameaçados
A situação de 1/3 das bacias subterrâneas de água em todo o planeta Terra estão sendo rapidamente esgotados por conta do consumo humano. Essa é a conclusão de dois estudos produzidos por pesquisadores da Universidade da Califórnia, com base em dados coletados pelo departamento de Recuperação Gravitacional e Experimentos Climáticos da NASA.

Os pesquisadores identificaram que 13, dos 37 maiores aquíferos do mundo, estudados entre 2003 e 2013, foram se esgotando, enquanto receberam pouca ou nenhuma recarga de água. Infelizmente, mesmo sabendo que os aquíferos correm riscos, os pesquisadores não conseguem medir ao certo quanto de água ainda resta. A informação significa que a humanidade tem consumidos uma parcela significativa de recursos hídricos sem saber em quanto tempo eles podem ser esgotados.

Moinhos Iguaçu recebe Licença Prévia para operar no Porto
A empresa Moinhos Iguaçu Agroindustrial recebeu a Licença Ambiental Prévia (LP), concedida pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP), para implantação de um sistema de correias de transporte de grãos no Porto de Paranaguá. A licença foi entregue pelo secretário do Meio Ambiente do Paraná, Antonio Carlos Bonetti. A empresa – que tem concessão para operar um armazém de grãos no Porto de Paranaguá – investiu na modernização das antigas instalações e terá capacidade para embarcar mais de um milhão de toneladas de grãos por ano diretamente nos navios.

O empreendimento não prevê nenhum impacto de vegetação e o investimento da empresa no Porto é de R$ 80 milhões e vai gerar 80 empregos diretos.