Há dezessete jogos no comando do Paraná Clube, que o contratou na metade de junho deste ano após a demissão de Claudinei Oliveira, o técnico Marcelo Martelotte ainda não conseguiu mostrar bons resultados como era o esperado. O aproveitamento do treinador, que no último sábado sofreu sua sétima derrota no comando da equipe diante do Atlético-GO (0 a 2), é um dos piores entre os profissionais que treinaram o clube na Segunda Divisão.

Desde 2008, quando passou a disputar a Série B (e, consequentemente, a sonhar com o retorno à elite do futebol brasileiro), o Paraná trocou 23 vezes de treinador, o que dá uma média de quase três trocas por temporada (ou cinco trocas a cada duas temporadas, mais precisamente). E em termos de aproveitamento, Martelotte tem um dos piores índices, com apenas 39% de aproveitamento.

Apenas Paulo Bonamigo (20% de aproveitamento em 5 jogos em 2008), Zettti (29% de aproveitamento em 9 jogos em 2009), Nedo Xavier (36% em 11 jogos em 2015) e Fernando Miguel (37% em 10 jogos em 2015) possuem índice pior. A lista desconsidera ainda os nomes de Ageu e Luciano Gusso, que assumiram a equipe interinamente em diferentes ocasiões e por pouco tempo e não somaram pontos.

Curiosamente, inclusive, o momento para decisivo para o atual técnico paranista, ao menos quando se olha para a sequência de seus antecessores. Até hoje, apenas um treinador conseguiu começar e terminar a Série B comando o Paraná. Foi Dado Cavalcanti, que em 2013 quase levou o time paranaense de volta à Série A, com 50% de aproveitamento (16 vitórias, nove empates e 13 derrotas).

Fora ele, apenas outros cinco profissionais conseguiram ficar mais de 20 jogos no comando da equipe. São eles: Marcelo Oliveira (29 jogos em 2010 e 41% de aproveitamento); Ricardinho (25 jogos em 2012 e 43% de aproveitamento); Paulo Comelli (22 jogos em 2008 e 48% de aproveitamento) e Claudinei Oliveira (20 jogos em 2014 e 43% de aproveitamento).

O próprio Claudinei, inclusive, deixou o Paraná na atual edição da Série B com melhor aproveitamento dos pontos disputados do que seu antecessor. Nas primeiras oito rodadas da Segunda Divisão o Tricolor da Vila Capanema somou duas vitórias, quatro empates e duas derroitas, com aproveitamento de 42%. Com Martelotte, são cinco vitórias, cinco empates e sete derrotas, com aproveitamento de 39%.

Técnicos do Paraná com pior aproveitamento na era Série B

Paulo Bonamigo (2008): 20% (3E e 2D)
Zetti (2009): 29% (2V, 2E e 5D)
Nedo Xavier (2015): 36% (3V, 3E e 5D)
Fernando Miguel (2015): 37% (2V, 5E e 3D)
Marcelo Martelotte (2016): 39% (5V, 5E e 7D)