MARCELO NINIO WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) – A Assembleia Geral é a instituição mais democrática da ONU, já que o voto de cada um dos 193 países-membros tem o mesmo peso. Mas a instância real de decisão é o Conselho de Segurança, no qual os cinco membros permanentes têm o poder de veto: EUA, China, Rússia, Reino Unido e França. Apesar disso, a abertura anual da Assembleia Geral costuma chamar a atenção do mundo por reunir o maior número de chefes de Estado por metro quadrado, dando a eles um palco para marcar posições.

A entidade vive um momento de transição em seu comando. Depois de dez anos como secretário-geral da ONU, o sul-coreano Ban Ki-moon deixa o cargo no fim deste ano. Seu sucessor será escolhido no próximo mês. O ex-premiê de Portugal, Antonio Guterres, e a búlgara Irina Bokova, chefe da Unesco, são apontados como os favoritos para suceder Ban. Nos 71 anos da organização, alguns dos momentos mais lembrados do evento são parte do folclore da entidade, como o comentário do então presidente venezuelano Hugo Chávez, em 2006, um dia depois do discurso do presidente americano na época George W. Bush. “Ontem o Diabo esteve aqui, neste mesmo lugar, ainda tem cheiro de enxofre nesta mesa”, disse Chávez, que morreu em 2013.