O fim de setembro não marca apenas o começo da primavera, mas também o início do último bimestre escolar. Para os filhos que ainda dependem das provas bimestrais para garantir a aprovação do ano letivo, essa é uma época de muito estudo. Para alguns pais, de preocupação.

O mais importante, independente do período, segundo especialistas é conscientizar a criança ou adolescente sobre as consequências da repetição de ano, mas sem dramas.

Educadores afirmam que o ideal é acompanhar com a criança ou adolescente o desenvolvimento escolar o ano todo, mas se mesmo assim, há o risco da repetência, uma ideia seria de montar uma tabela com as disciplinas que necessitam de maior dedicação do aluno nesta época. A estratégia permite que o aluno perceba quais são as dúvidas sobre a matéria. Essa estratégia possibilita que o estudante possa resolvê-las com o professor já na aula seguinte e também deixa os assuntos frescos para a complementação que virá.

Especialistas ressaltam que envolver-se, acompanhar e motivar o estudo é uma forma de mostrar que o aprendizado tem um sentido e significado para além da prova, pois o conhecimento adquirido na escola poderá servir para os desafios pessoais e profissionais da vida.

Quando o risco de recuperação ou repetência existe, é preciso fazer a criança perceber que precisa voltar todas as atenções para o estudo. Se a criança realiza diversas atitudes extra- curriculares, ela acaba dividindo a atenção, que deveria estar concentrada no estudo. Natação, futebol e aula de dança, por exemplo, são atividades que devem ser deixadas para segundo plano. O importante é que a criança consiga se focar no estudo, conta.

E, se mesmo com todas estas atitudes houver a repetência de ano, os pais precisam enxergar a situação de uma maneira positiva, como uma nova chance para criança. Nessa hora, o papel dos pais é explicar que ela terá mais uma chance para aprender e então conquistar mais uma vitória. Os pais devem evitar dramas para não desestimular a criança.


DICAS PARA AJUDAR OS FILHOS A ESTUDAR

Mude a tática
“Se você repetir de ano, não vai viajar nas férias”, ou “Se você não repetir, ganha uma bicicleta nova”. As duas frases são condições comuns usadas pelos pais na hora de tentar convencer os pequenos a estudarem de verdade para as provas finais. A curto prazo, elas até podem ser eficientes, mas nem de longe são uma solução. Quando os pais focam na punição ou no agrado, a criança acaba confundindo o real sentido da educação. Elas acreditam que estão estudando para realizar as vontades dos pais e não para alcançar conquistas no futuro.Dessa forma, as crianças acabam afrontando os pais e estudando cada vez menos, já que não entendem o porquê de estudarem tanto.

Elimine as atividades extras
Quando o risco de recuperação ou repetência existe, é preciso fazer a criança perceber que precisa voltar todas as atenções para o estudo. Se a criança realiza diversas atitudes extra-curriculares, ela acaba dividindo a atenção, que deveria estar concentrada no estudo. O importante é que a criança consiga se focar no estudo.

Estipule horários
Deixar a criança o dia todo debruçada sobre os cadernos também não é a melhor solução. Elas precisam de regras e organização. A melhor opção é estipular um horário de estudo, que pode variar de meia hora até três horas por dia, de acordo com a situação e com a quantidade de matérias para estudar. Os pais precisam entender que a criança não vai aprender em um ou dois dias o conteúdo de um ano inteiro. Outra questão é que na hora do estudo, televisão, rádio ou qualquer objeto de distração, deve ser deixado de lado.

Elogie as boas notas
Ao contrário das recompensas materiais, os elogios precisam estar envolvidos com a educação dos pequenos. Os pais acabam comemorando diversas conquistas das crianças, mas esquecem de comemorar uma nota boa ou um aprendizado novo. Elogiar e explicar a importância do saber são atitudes que estimulam as crianças a terem mais vontade de estudar e aprender mais.

Proponha exercícios
Para fazer com que o filho pegue gosto pelos os estudos, os pais precisam estar de olho no que os filhos estão aprendendo. Na fase de alfabetização, por exemplo, vale espalhar pequenos bilhetinhos pela casa. E quando estão maiores, vale pedir ajuda para as tarefas do cotidiano.

Grupo de estudos
Que tal estimular a formação de um grupo de estudos? Estudar junto com outros colegas de classe pode ajudar a criança a pegar gosto pela educação. Mas é importante que um adulto se certifique que eles estão mesmo estudando.

Aulas particulares
Contratar um professor particular ou colocar a criança em um centro de recuperação pode até ajudar, mas primeiro a criança precisa entender a gravidade da situação, além de desejar aprender.