ESTELITA HASS CARAZZAI
CURITIBA, PR (FOLHAPRESS) – O juiz federal Sergio Moro mandou soltar, nesta segunda (26), os sete investigados que haviam sido presos temporariamente na 34ª fase da Operação Lava Jato.
Executivos das empreiteiras Mendes Júnior e OSX, eles são suspeitos de pagar propina para obter um contrato para a construção de duas plataformas na Petrobras.
Todos foram presos na última quinta (22), junto com o ex-ministro Guido Mantega, acusado de solicitar ao empresário Eike Batista o pagamento de propina para o PT. Ele foi solto poucas horas depois, por ordem de Moro, já que sua mulher passava por uma cirurgia para tratamento de um câncer.
No despacho desta segunda (26), Moro afirma que é necessário o “aprofundamento da colheita e do exame de provas, especialmente o rastreamento dos valores” que teriam sido pagos em propina.
O magistrado, porém, impôs medidas cautelares, como a proibição de se ausentar do país ou viajar por mais de 30 dias sem autorização da Justiça.
O próprio Ministério Público Federal havia pedido a libertação dos investigados, sob o argumento de que ainda precisa analisar detalhadamente as provas colhidas na operação.
Foram libertados os executivos Danilo Souza Baptista e Luiz Eduardo Guimarães Carneiro, da OSX; Ruben Maciel da Costa Val e Luís Cláudio Machado Ribeiro, da Mendes Júnior; Luiz Eduardo Neto Tachard e Francisco Corrales Kindelán, da Tecna/Isolux; e Júlio César Oliveira Silva, apontado como operador da Isolux.