SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Ministério da Saúde publicou nesta quinta-feira (29) no “Diário Oficial da União” a decisão de incorporar o antirretroviral dolutegravir no tratamento para pacientes com HIV no âmbito do SUS (Sistema Único de Saúde). As informações são da Agência Brasil. O anúncio da inclusão do medicamento foi feito na quarta (28) e a previsão é que o novo medicamento comece a ser distribuído na rede pública a partir de janeiro de 2017. Inicialmente, a medicação será oferecida a pacientes que estão iniciando o tratamento e aos que apresentam resistência a antirretrovirais mais antigos. Atualmente, o esquema de tratamento para pessoas que vivem com HIV, na fase inicial, é composto por apenas um comprimido que contém os medicamentos tenofovir, lamivudina e efavirenz –conhecido como 3 em 1. No novo esquema serão dois comprimidos: o dolutegravir, em substituição ao efavirenz; e o 2 em 1, composto por tenofovir e lamivudina. De acordo com o departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, o novo antirretroviral apresenta alta potência e um nível muito baixo de efeitos colaterais, aspecto considerado bastante importante para a adesão e o sucesso do tratamento contra o HIV. PANORAMA Desde o começo da epidemia, o Brasil registrou 798.366 casos de Aids, no período de 1980 a junho de 2015. Entre 2010 a 2014, o país contabilizou 40,6 mil novos casos da infecção ao ano, em média. Em relação à mortalidade, houve uma redução de 10,9% nos últimos anos, passando de 6,4 óbitos por ano por 100 mil habitantes em 2003 para 5,7 óbitos em 2014.