SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A revista americana “Newsweek” desta semana traz em sua reportagem de capa a acusação de que o candidato republicano Donald Trump teria violado o embargo a Cuba no fim dos anos 1990, durante o regime de Fidel Castro.

Segundo a reportagem, uma empresa controla por Trump “conduziu secretamente”, na ilha, movimentações de, no mínimo, US$ 68 mil -sendo que investimentos de qualquer quantia em Cuba eram proibidos sem o consentimento do governo. O dinheiro foi levado a Cuba por meio de uma empresa de consultoria americana chamada Seven Arrows, que depois foi reembolsada pela Trump Hotels & Casino Resorts.

Os autores da reportagem dizem ter entrevistado ex-funcionários do empresário, e analisado registros internos das empresas e arquivos de processos que confirmaram o reembolso. Na época, americanos viajando para Cuba precisavam obter permissões específicas do governo americano, para situações muito limitadas, como trabalho humanitário. E foi precisamente essa a justificativa apontada pela consultoria que teria servido de fachada para Trump, segundo a revista.

Representantes da Seven Arrows teriam se reunido com funcionários cubanos, banqueiros e empresários para explorar possibilidades de negócios, se antecipando a uma eventual abertura entre os dois países.

A assessoria da campanha de Trump e de seu grupo empresarial não responderam à reportagem da Newsweek. Richard Fields, que era, na época, o responsável pela Seven Arrows, também não comentou as acusações.