Classificado na concorrência pública aberta pela Urbs no mês passado, o consórcio BikeFácil apresentou, na quinta-feira (29), um protótipo da estação e das bicicletas que fazem parte da proposta para prestação do serviço público de locação de bicicletas de Curitiba. O novo serviço é parte da estratégia de incentivar a ciclomobilidade no Município e, assim, ampliar as alternativas de deslocamento urbano, com impactos positivos no trânsito e no transporte público.

Os equipamentos foram vistoriados e avaliados por técnicos da Urbs, Ippuc e Secretaria Municipal de Trânsito (Setran), cujo parecer será encaminhado à comissão de licitação. A próxima etapa será a de habilitação, com a análise da documentação apresentada pela empresa.

A previsão é que, respeitados os prazos legais, a licitação esteja concluída até o fim de outubro. Depois de aprovado, o consórcio terá 75 dias a partir da assinatura da ordem de serviço para colocar a primeira etapa do sistema em funcionamento.

Pela proposta apresentada durante sessão pública, em 2 de setembro, o passe semestral vai custar R$ 54; o mensal, R$ 12 e a diária, R$ 5, totalizando R$ 71. O edital prevê um teto máximo de R$ 72.

O vencedor da licitação terá que disponibilizar no mínimo 480 bicicletas e 43 estações divididas em grandes (16 bicicletas e 20 vagas); médias (12 bicicletas e 14 vagas) e pequenas (oito bicicletas e dez vagas). Na primeira etapa serão 25 estações e 280 bicicletas. Para as outras 18 estações e 200 bicicletas, a empresa terá mais 65 dias de prazo.

Caberá ao concessionário a implantação, a operação, a manutenção, o monitoramento do serviço integrado de bicicleta pública no município. Publicado no dia 23 de junho deste ano, o edital e demais documentos da licitação estão disponíveis no site da Urbs (www.urbs.curitiba.pr.gov.br), clicando em Institucional e, em seguida, em Licitações.

 

Alternativo

A implantação de um sistema público de locação faz parte de um amplo projeto de incentivo ao uso de bicicletas como transporte alternativo e integrado com o transporte público.

No ano passado, todos os terminais de transporte passaram a contar com paraciclos que somam mais de 300 vagas para bicicletas. Também já está definida a implantação de bicicletários dentro dos terminais, o que fará parte de todos os projetos de reforma ou ampliação destes equipamentos. Ou seja, sempre que um terminal for ampliado ou reformado deverá estar previsto espaço para o bicicletário.

Além disso, está em teste, para avaliação de demanda e impacto na operação do transporte, equipamento para carregar a bicicleta dentro do ônibus, no caso, um biarticulado da linha Centenário/Campo Comprido.

Nos últimos três anos, a cidade também passou a contar com vias calmas – espaços compartilhados e de circulação segura para bicicletas ao longo dos eixos de transporte – já implantados na avenida Sete de Setembro e no corredor norte, formado pelas avenidas João Gualberto e Paraná.

Os ciclistas também passaram a contar desde o ano passado, com a possibilidade de deslocamento compartilhado com táxi. Autorizados pela Urbs, os taxistas vêm instalando equipamentos que permitem levar a bicicleta no táxi. Ou seja, é possível ir de bicicleta e, se necessário, voltar de táxi com a bicicleta.