ESTELITA HASS CARAZZAI CURITIBA, PR (FOLHAPRESS) – Pelo menos sete escolas onde haveria votação no Maranhão foram incendiadas ou depredadas na madrugada deste sábado (1), em meio a uma onda de ataques criminosos no Estado. As seções eleitorais, que ficam em São Luís e São José do Ribamar (região metropolitana da capital), serão transferidas a outros locais, ainda a serem definidos. Seis das escolas foram incendiadas, segundo a assessoria do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Maranhão. Outra foi invadida pelos fundos e depredada, com furto e queima de livros e materiais de expediente. Nenhuma urna eleitoral estava no local no momento dos ataques. Elas seriam entregues na tarde deste sábado (1). Em meio à onda de violência, o governo do Maranhão anunciou nesta semana que a segurança será reforçada no dia da eleição. Além dos 7.500 membros das polícias do Estado, 1.300 homens das Forças Armadas e da Força Nacional protegerão os locais de votação. Neste sábado (1), o ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Gilmar Mendes, fará uma visita ao Estado, acompanhado do ministro da Defesa, Raul Jungmann. A reunião acontece a partir das 13h. ATAQUES Segundo a secretaria da Segurança, os ataques são ordenados de dentro dos presídios maranhenses. A recente onda de violência começou com uma rebelião no complexo penitenciário de Pedrinhas, no último sábado (24). Desde então, ônibus têm sido incendiados em São Luís e região. Não houve mortos ou feridos até agora. Na noite desta sexta (30), pelo menos cinco ônibus foram incendiados em São Luís. Um dia antes, três escolas municipais foram queimadas. Forças estaduais de segurança anunciaram operações especiais neste fim de semana, como revistas nos presídios e policiamento ostensivo para evitar ataques contra urnas eletrônicas. O governo do Maranhão disse ter identificado 35 detentos como os mentores dos ataques. Ao menos 23 deles serão transferidos a presídios federais de segurança máxima, em São Paulo, Rio Grande do Norte e Acre.