São os vencedores destas eleições que vão administrar nos municípios cerca de 25% de tudo que é arrecadado com os impostos que pagamos. A outra parte, 75% do bolo, ficam nas administrações estaduais e federal.
As empresas privadas, responsáveis pela maior parte dos empregos do país, são impactadas diretamente pelas políticas públicas implantadas em nível nacional, estadual e municipal. Mas depender de ações públicas ou esperar por benefícios das futuras gestões não pode ser uma opção para o empresariado.
Alguns empresários se destacam por terem uma visão científica dos seus resultados. São resultados muito positivos, frutos de uma estratégia de negócios bem esclarecida. Na criação de uma estratégia empresarial elementos externos como políticos e econômicos devem sim, serem considerados. Mas esses não são os únicos elementos a serem vinculados. Os mais importantes são os elementos internos como produtividade, fortaleza e desafios que a empresa tem e deveria ter.
No embate político, o dono de empresa tem o direito de escolher o candidato que ofereça propostas de acordo com uma estratégia empresarial. Mas isso deve ser feito subjetivamente, sem vincular a vontade política ao sucesso da empresa. O empresário científico, que alcança resultados extraordinários, mantém suas alternativas com movimentos estratégicos flexíveis. Desta maneira ele irá aproveitar qualquer tipo de benefício que as medidas instauradas pelo vencedor da eleição irão oferecer. Isso é inteligente. Porém, resultados negativos não podem ser vinculados às políticas públicas.
O empresário é como o capitão de um veleiro, que está disposto a erguer suas velas e colocá-las condicionalmente ao vento que está soprando. Este vento precisa ser aproveitado, qualquer que seja o lado para onde ele sopre.
O empresário típico não aproveita estas vantagens e fica aguardando por políticas públicas que lhe tragam benefícios. Mais cedo ou mais tarde ele perceberá que muitos esforços foram desperdiçados devido à uma expectativa por algo que acabou não se concretizando.
O empresariado curitibano tem hoje uma responsabilidade: a partir de sua empresa, acompanhar e contribuir para o desenvolvimento do país. Esta é a grande responsabilidade dos donos de empresa. Fazer com que sua empresa atinja metas, conquiste espaço, em nível nacional e internacional, e que ajudem o Brasil a ser um país de primeiro mundo. O reflexo dentro de sua empresa será extraordinário.

Freddy Rangel é empresário e diretor da MBM Business School Curitiba. Treinador de alta performance é formado dentro do programa MBM. Tem especializações nas áreas de coaching, psicanálise e cultura, neurociência e análise de comportamento