A Embraer iniciou nesta quinta-feira, 6, mais um plano de demissão voluntária (PDV), que se estenderá até o próximo dia 11. Segundo a Embaer, o PDV faz parte do ajuste das operações da empresa diante da “retração da demanda do mercado aeroespacial global. O PDV está aberto apenas para engenheiros, secretários e técnicos de nível médio, funções que representam aproximadamente 50% dos empregados da Embraer.

O PDV é parte de uma série de medidas de redução de custos que vem sendo adotada pela empresa visando superar o cenário desafiador enfrentado hoje pela indústria aeroespacial e garantir a perenidade da empresa, dia nota divulgada pela Embraer.

Os empregados que tiverem a adesão ao PDV confirmada pela empresa serão desligados a partir do próximo dia 17.

Aqueles que participarem do plano receberão: indenização adicional proporcional ao tempo de empresa (40% do salário nominal por ano de empresa), com garantia de um mínimo de dois salários nominais brutos; o pagamento de seis meses do plano de saúde e de assistência odontológica para o empregado e seus dependentes já cadastrados; apoio e orientação para o processo de transição de carreira ou de aposentadoria.

Em agosto, a Embraer realizou um plano de demissão voluntária, no qual foram desligados 1.470 funcionários. Os trabalhadores começaram a ser dispensados nos primeiros dias de outubro.

Sindicato critica

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, onde está localizada a matriz da Embraer, criticou o processo de redução de quadros da empresa. O Sindicato reafirma sua posição contrária a qualquer demissão e, por isso, não vai apoiar o PDV.

Em nota, o sindicato destaca que neste ano a Embraer já cortou mais de 1.400 postos de trabalho no país por meio de PDV. “Enquanto isso, [a empresa] segue gerando empregos fora do Brasil, a exemplo da nova fábrica inaugurada em setembro, na Flórida [Estados Unidos].