Adquirir um imóvel na planta pode ser um negócio cheio de vantagens. Para quem pode esperar pela finalização da obra, esse tipo de trato pode significar uma economia de 20% a 30% no valor a ser pago. Com a entrega das chaves, a sua valorização pode atingir até 50%.

No entanto, esse é um tipo de compra que apresenta riscos mais altos do que o normal, como atrasos na conclusão, fraudes e promessas não cumpridas, além da possibilidade de existir problemas estruturais na obra, como rachaduras e desníveis nos andares.

Por isso, é necessário tomar algumas precauções para evitar prejuízos e garantir uma aquisição tranquila. Além disso, é importante saber analisar as informações sobre o imóvel a ser comercializado, na planta ou já pronto.

Na hora de adquirir um imóvel, é comum analisar informações como preço, localização, número de dormitórios e vagas na garagem, que fazem a diferença na escolha. Mas, além desses itens, é importante conhecer as nomenclaturas das áreas que se está comprando, evitando situações que podem interferir na hora de bater o martelo.

Conhecer as diferenças entre a área total ou a privativa, por exemplo, é importante para que o consumidor escolha o empreendimento que melhor se adequa às suas necessidades. O supervisor comercial do Grupo Thá, Bruno Oliveira, explica que há diferenças entre a área privativa e a área total de um empreendimento. Além disso, ele destaca que o consumidor deve ficar atento quando o assunto for a metragem da unidade que adquire.

Na hora de comprar um apartamento, é comum o consumidor não ter conhecimento dos termos que o definem. Entre tantos pontos a serem observados, entender quanto espaço o imóvel possui realmente pode causar confusão, afirma Oliveira.

Em suma, a área total é a soma da área privativa com a fração proporcional de cada espaço comum do edifício. Já a área útil é o que sobra da privativa descontando o espaço ocupado pelas paredes. Estão inclusos na área total itens como hall, corredor, salão de festas, piscina e espaço gourmet, entre outros.

O especialista orienta que no momento da decisão da compra, é essencial conhecer o tamanho das áreas privativa e comum incluídas no preço. Dessa forma, o comprador pode analisar se o espaço que está comprando é adequado às suas necessidades.


Há diferença de área privativa e área comum

Muitos consumidores não sabem, mas de acordo com a ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, as paredes também contam como área privativa de um imóvel. Também conhecida como área de vassoura, útil ou exclusiva, essa área faz parte de cada centímetro que for de uso exclusivo do proprietário, ou seja, o imóvel em si.

Já as áreas comuns ou totais de um condomínio são aquelas que todos os moradores podem usufruir, como o hall de entrada, salões, piscina, escadas e corredores. Essas áreas são divididas entre os apartamentos e entram no cálculo da área total do imóvel, que inclui a soma das áreas privativa, garagens e área comum.

Outra grande preocupação do público faz referência a tão temida taxa de condomínio, que muitas vezes traz um valor fechado sem muita explicação.

De acordo com o supervisor comercial do Grupo Thá, Bruno Oliveira o condomínio geralmente é calculado basicamente baseado na fração ideal do terreno. O valor do condomínio é calculado com base na parte ideal do terreno que cabe a cada unidade do empreendimento, considerando logicamente as despesas do condomínio, detalha.

Por esse motivo, Oliveira sugere que as pessoas prestem muita atenção nos valores, que serão pagos mensalmente.
É muito importante que o proprietário do imóvel tenha uma noção do que está pagando para não ser surpreendido. Mensalmente, tire alguns minutos para conferir as despesas e analisar se elas estão dentro do previsto, completa. As contas do condomínio devem ser disponibilizadas para os condôminos sempre que estes a solicitarem.


Cuidados na compra de um imóvel na planta

1. Defina bem o que você consegue comprar e pagar
2. Pesquise o histórico da construtora
3. Guarde todo tipo de informação que puder
4. Verifique a documentação do empreendimento
5. Prefira o que for financiado por instituições renomadas
6. Cheque o local do imóvel pessoalmente
7. Registre toda a transação no cartório de imóveis
8. Seja o beneficiário do seguro
9. Observe as cláusulas para o caso de desistência
10. Proteja-se em caso de atraso