É remota a possibilidade de o Paraná Clube acabar rebaixado para a Série C do Campeonato Brasileiro, mas esse risco subiu consideravelmente neste final de semana, após a derrota para o Joinville, vice-lanterna da Série B, por 1 a 0 fora de casa, no sábado. De acordo com o site Probabilidades no Futebol, antes da 31ª rodada o time paranaense tinha 5,3% de chances de rebaixamento. Depois do resultado na Arena Joinville, esse porcentual subiu para 8,8%. A alta foi de 66%.
Atualmente o Paraná ocupa a 15ª colocação da Série B, apenas duas colocações e seis pontos acima da zona de rebaixamento, que tem o Bragantino, com 30 pontos, aparecendo na 17ª posição. Para o técnico Roberto Fernandes, a equipe precisa ligar a luz amarela e entrar mais ligada nas próximas rodadas.
O acesso é uma utopia. Rebaixamento, teríamos aberto nove pontos faltando oito rodadas se vencêssemos. Então o time dá aquela acomodada, mas de repente um resultado como este volta a acender uma luz amarela de alerta e faz com que a gente entre mais ligado no próximo jogo, apontou o treinador.
Mais do que o risco de rebaixamento, porém, assusta o nível de atuação dos comandados de Fernandes. É que embora tivesse sete desfalques – cinco jogadores suspensos por tomar o terceiro amarelo, entre eles o goleiro Marcos, e outros dois em recuperação -, o Paraná enfrentava um adversário frágil, que não vencia há nove jogos, realizava a pior campanha como mandante da Segundona e estava virtualmente rebaixado – tinha 92% de chances de cair, índice que caiu para 83,4% com os catarinenses chegando a 29 pontos e subindo para a 18ª colocação.
Jogo — Para ressuscitar o adversário direto na luta contra a ZR, o Paraná contou com uma péssima tarde de seus jogadores. O treinador tentou povoar o meio de campo com três volantes, inclusive reforçando a marcação pelo lado esquerdo da defesa com a entrada de Fernandes. O gol do Joinville acabou saindo pelo setor aos 9 minutos, em um frango de Wendell em chute de Fernando Viana, e as melhores oportunidades dos mandantes saíram dos pés de Reginaldo e Erick Luís.
A vaca foi pro brejo definitivamente ainda no primeiro tempo, depois de Wellington Reis tomar o segundo cartão amarelo e acabar expulso por cometer falta em Jael. A partir dali, os catarinenses trataram de controlar a partida, num jogo fraco dos dois lados.
Roberto Fernandes vê evolução da equipe
Apesar do péssimo resultado e da atuação apática do Paraná na derrota diante do Joinville no último sábado, o técnico Roberto Fernandes tratou de destacar em entrevista coletiva que viu avanços em sua equipe no duelo em Santa Catarina. Na última semana, inclusive, o treinador teve pela primeira vez uma semana cheia para trabalhar com o elenco.
Vejo algumas coisas importantes. Últimos jogos tínhamos tomado sete gols. Hoje, segundo tempo inteiro com um jogador a menos e não tomamos gol. Por outro lado, ofensivamente produzimos pouco, deixamos a desejar. Mas dos três jogos fora de casa sob o meu comando este foi o mais equilibrado da equipe, analisou. O Paraná termina o jogo com apenas um volante, um meia e três atacantes. Talvez tenha faltado um pouquinho de inspiração, complementou.
Para o técnico, dois fatores foram decisivos para o resultado negativo: A expulsão e o gol prematuro. Tomar um gol fora de casa, começando o jogo, o famoso pé de ferro, um pouco desligado. Daí toma o gol cedo e ainda no primeiro tempo tem uma expulsão… Aí, meu amigo, quebra qualquer semana de treinamento, quebra até seis meses de treinamento, finalizou.
