No último mês, o Ministro da Fazenda Henrique Meirelles afirmou que a expectativa é que o desemprego comece a cair em 2017. Apesar da falta de confiança e da incerteza econômica que ainda ronda o dia a dia de muitos brasileiros, a tendência para o próximo ano é um período de estabilização e sem crescimento na oferta de vagas, inclusive no mercado temporário. Isto é o que aponta o estudo preditivo do mercado de trabalho temporário desenvolvido pelo Banco Nacional de Empregos (BNE).

Dados da pesquisa preditiva do BNE apontam que 2016 terá 48,7% menos vagas temporárias abertas na comparação com 2015, e a previsão para 2017 é de maior estabilidade, porém sem crescimento.

O trabalho temporário é prestado por pessoa física para atender a demanda transitória de empresa utilizadora e funciona como porta de entrada para o mercado de trabalho, além de possibilitar desenvolvimento e crescimento profissional. Além disso, é uma modalidade de emprego mais sensível às variações do mercado e sua retomada acontece antes das contratações efetivas, já que é uma boa opção para momentos de incerteza econômica, explica Raul Valdera Junior, estatístico do BNE.

Os dados atuais indicam estabilidade do mercado de trabalho. Assim, ao avaliar a tendência de abertura de vagas nas agências de trabalho temporário, a pesquisa do BNE confirma a expectativa apontada por Meirelles.

A projeção para o primeiro trimestre de 2017 ainda aponta uma pequena diminuição na oferta de vagas, comparado com o mesmo período deste ano. No entanto, o cenário deve manter-se mais estável para os demais trimestres.

“A avaliação para o próximo ano é mais animadora. Na comparação trimestral, estima-se que 2017 terá mais períodos de estabilidade na oferta de vagas na comparação com 2016 e não apresenta queda. Uma vitória para empregadores e profissionais disponíveis no mercado de trabalho, pontua Junior.