Os candidatos à prefeitura de Curitiba, Rafael Greca (PMN) e Ney Leprevost (PSD), se encontram no próximo domingo para o segundo debate transmitido pela TV na campanha do segundo turno. O debate da RIC TV começa às 23h15 e terá uma hora de duração, com três blocos. Greca e Leprevost já debateram no dia 7, na Band Curitiba. O último encontro será na RPC TV, na noite do dia 28. 

À frente na última pesquisa Opinião/Band News FM, com 39,2% das intenções de voto, Leprevost deverá apostar na estratégia que garantiu sua participação no segundo turno: se apresentar como um político novo, com propostas originais, e tentar identificar o adversário com a velha política. Ele deverá reapresentar suas propostas de reduzir a tarifa de transporte coletivo em até 90 dias de administração, colocar guardas municipais nos ônibus, para aumentar a segurança, e investir fortemente na área de saúde.
Greca, que tem 33,4% das intenções de voto, terá apenas uma semana, depois do debate, para tentar reverter a situação. Nos últimos dias, a campanha do ex-prefeito aumentou o tom das críticas ao adversário, ao questionar a origem do seu diploma de Administração, obtido em uma universidade no Tocantins. As propagandas de Greca inseridas durante a programação da TV também têm atacado Leprevost. Na mais pesada, lembra uma briga dele com o deputado Cleiton Kielse (PMDB), em 2012. Kielse, que presidia a CPI do Pedágio na Assembleia Legislativa, acusou Leprevost de ter retirado a assinatura para a abertura da investigação sobre as concessões por receber doações eleitorais de pessoas ligadas às empresas de pedágio. Leprevost negou e chamou o parlamentar de achacador.
Os temas deverão ser lembrados por Greca, que tem tentado desconstruir as promessas do oponente. Ele chegou a dizer que Leprevost vai promover demissões na Urbs caso leve adiante o projeto de cortar os 4% de taxa de administração que são cobrados pela empresa, que gerencia o transporte na capital. Para Leprevost, que tem afirmado que conseguirá reduzir a tarifa de ônibus se cortar o repasse para a Urbs, as acusações de Greca são fruto do desespero por estar atrás na pesquisa.
Temas livres – O formato do programa, sem temas pré-definidos para as perguntas, poderá gerar confrontos entre os dois oponentes. A RIC TV optou por deixar que os candidatos escolham o assunto dos questionamentos. Com 30 minutos de duração, o primeiro bloco terá oito perguntas, quatro para cada candidato. Depois da resposta, haverá réplica e tréplica.
O segundo bloco repetirá o modelo do primeiro, mas com apenas três perguntas para cada candidato. O terceiro e último bloco será destinado às considerações finais. A mediação será feita pelo jornalista Denian Couto. Greca e Leprevost não poderão apresentar documentos nem portar equipamentos eletrônicos de qualquer espécie. Os pedidos de direito de resposta serão avalidos pelo departamento jurídico da emissora.
Rejeição – Para o cientista político Ricardo Oliveira, professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), os debates transmitidos pela TV perderam importância nesta campanha. Têm uma influência reduzida. É mais um programa de televisão com a imagem dos candidatos, afirma.
Oliveira avalia que, na reta final da campanha, a rejeição vai pesar mais. O Greca tem a maior rejeição e está associado ao (governador) Beto Richa. O que está definindo é a rejeição. É mais um voto útil do que um voto de convicção, e quem tem a maior rejeição tende a ficar para trás.
A pesquisa Opinião/Band News FM foi divulgada no dia 19 de outubro e ouviu 1,2 mil eleitores entre os dias 15 e 17 de outubro. A margem de erro é de 2,83 pontos porcentuais, para mais ou para menos, e o nível de confirnaça é de 95%. Registro no TSE: PR-01761/2016.